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Activistas dos “Pussy Riot” e da Greenpeace indultados na Rússia

19 dez, 2013

Vladimir Putin defende a medida mas diz que não se trata de uma desculpabilização dos seus crimes, nem de uma crítica aos tribunais.

Activistas dos “Pussy Riot” e da Greenpeace indultados na Rússia
O Parlamento russo vai conceder um indulto aos membros da banda “Pussy Riot” que foram detidas há cerca de um ano e meio e ainda a 28 activistas da Greenpeace que estão presos também.

Quem fez o anúncio foi o Presidente Vladimir Putin, durante uma conferência de imprensa esta tarde.

O Presidente anunciou ainda um futuro indulto a Mikhail Khodorkovsky, um magnata do petróleo que na altura em que foi preso, por corrupção e fuga aos impostos, era o homem mais rico da Rússia e visto como um potencial rival político para Putin.

Em relação às “Pussy Riot”, que foram condenadas depois de terem levado a cabo um concerto improvisado na mais importante igreja de Moscovo, com uma música considerada ofensiva tanto para o Governo como para a Igreja Ortodoxa, o Presidente insiste que o indulto não é uma desculpabilização dos actos.

“Tenho pena delas não por se encontrarem presas, embora não haja nada de bom nisso, mas por terem chegado a tal ponto que tenham tido este comportamento escandaloso, que do meu ponto de vista é humilhante para as mulheres. Elas violaram todas as normas para conseguir protagonismo”, afirmou Vladimir Putin.

Referindo-se aos dois grupos, a Greenpeace e as “Pussy Riot”, disse ainda que o indulto não pode ser lido como uma crítica às condenações iniciais: “Este indulto não tem a ver nem com a Greenpeace nem com a banda. A decisão não é minha, é do Parlamento e tem a ver com a humanização das nossas políticas face a pequenos criminosos, no âmbito das comemorações dos 20 anos da Constituição”.