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Papa apela à libertação de religiosas sequestradas na Síria

04 dez, 2013 • Ecclesia

Cinco monjas ortodoxas foram retiradas de um mosteiro em Maaloula, cidade simbólica para o Cristianismo na Síria.  

Papa apela à libertação de religiosas sequestradas na Síria
Cinco monjas ortodoxas foram retiradas de um mosteiro em Maaloula, cidade simbólica para o Cristianismo na Síria. O Papa Francisco pediu que todos continuem a “rezar e a actuar juntos pela paz” na Síria, evocando ainda “todas as pessoas sequestradas por causa do conflito em curso”.
O Papa Francisco apelou esta quarta-feira à libertação de cinco religiosas sequestradas esta segunda-feira na Síria, na localidade cristã de Maaloula, próxima da capital Damasco.

“Desejo convidar todos a rezar pelas monjas do mosteiro greco-ortodoxo de Santa Tecla, em Maaloula, Síria, que há dois dias foram levadas à força por homens armados”, disse, no final da audiência pública semanal que decorreu na Praça de São Pedro.

Francisco pediu que todos continuem a “rezar e a actuar juntos pela paz” na Síria, evocando ainda “todas as pessoas sequestradas por causa do conflito em curso”.

“Rezemos por estas monjas, estas irmãs”, acrescentou.

O bispo caldeu de Alepo e presidente da Cáritas Síria, Antoine Audo, disse à Rádio Vaticano que as religiosas sequestradas, a superiora e quatro irmãs, foram levadas para Yabroud, uma cidade próxima, mas que ainda não há notícias delas. Segundo patriarcado greco-ortodoxo, as freiras estão bem, mas não se sabe porque razão foram raptadas.

O prelado católico destacou que Maaloula é “um símbolo muito importante, não só para os cristãos mas também para os muçulmanos da Síria e do Médio Oriente, porque sabem que ali se fala ainda hoje a língua de Cristo, um dialecto aramaico”.

Antoine Audo fala num ataque sem precedentes a um “lugar sagrado” do Cristianismo e deixa votos de que as religiosas possam “ser libertadas quanto antes”.

Rebeldes sírios, incluindo islamitas da Frente al Nusra, aliada da Al Qaeda, assumiram o controlo total de Maaloula esta segunda-feira, após cinco dias de combates, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

A vila é estratégica, uma vez que fica situada perto de uma importante auto-estrada que liga Damasco a Latakia, na costa.

O rapto destas religiosas vem somar-se ao de várias outras figuras cristãs, incluindo dois bispos ortodoxos de Alepo e um sacerdote jesuíta italiano que vivia na Síria há dezenas de anos.