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D. António Couto

Ano da Fé: "Uma nova maneira de viver, que não é para acabar hoje"

24 nov, 2013 • Ângela Roque

Bispo de Lamego e Presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização acredita que o Ano da Fé, que termina este domingo, vai prolongar-se no tempo, e não é contabilizável. O mais importante, diz, "é o que não se vê".

O presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização acredita que o Ano da Fé, que termina este domingo, vai continuar a ser vivido. D. António Couto considera que há já uma nova atitude dos cristãos que é para a vida toda e sublinha que o Ano da Fé trouxe um novo fôlego à chamada “Nova Evangelização”.

Para D. António Couto "é difícil fazer uma estatística" ou dizer percentualmente que o Ano da Fé "teve estes resultados ou aqueles".

"É uma maneira de viver não é para acabar hoje, amanhã ou depois de amanhã, é para viver a vida toda assim", diz o Bispo, para quem, "no fundo, o mais importante é aquilo que não se vê, nem é mensurável. São novas atitudes que as pessoas criam e são criadas nas pessoas".

Por exemplo "a confiança, a fidelidade, em Deus e uns com os outros. Portanto, são experiências, vivências, atitudes que não são mensuráveis, mas passaria por aqui o exame ao que foi o ano da Fé".

E o que mudou, afinal, neste Ano da Fé? Para o responsável pela Missão e Nova Evangelização a Igreja portuguesa soube aproveitar o Ano, os Bispos emitiram um documento para promover a renovação da pastoral da Igreja em Portugal e houve iniciativas em várias dioceses.

D. António Couto considera mesmo que já há uma nova atitude dos cristãos: "Este Ano (da Fé) pelo menos alertou as pessoas para novas realidades, maneiras novas de viver, para atitudes novas que podem ser adoptadas".

E dá como exemplo o que se passou na sua diocese, com as “Escolas de Vivência da Fé” que “são para continuar”, porque "as pessoas precisam sempre de ver esclarecida e aprofundada a sua fé", saber que outros como eles acreditam no mesmo Deus e têm "a mesma vitalidade, as mesmas atitudes de fé, confiança, fidelidade".

Para D. António Couto "é preciso que o Evangelho entre cada vez mais na nossa alma, no nosso coração, nas nossas mãos, nos nossos olhos, na nossa vida”. “É absolutamente determinante”, porque "sem o Evangelho não chegamos à fé".

O encerramento do Ano da Fé vai ser assinalado nas várias dioceses do país. Em Lisboa haverá uma Peregrinação, durante a tarde, até ao Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, em Peniche, onde haverá missa às 16h00.

No Vaticano, a missa que assinala o encerramento do Ano da Fé é presidida pelo Papa Francisco, no domingo de manhã. Pela primeira vez o Vaticano vai expor as relíquias de S. Pedro, o primeiro Papa da Igreja.