Tempo
|

Bispos analisam inquérito sobre a família. “Problemas não podem ser escamoteados"

11 nov, 2013

Porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa explica que não se trata de um referendo, mas de conhecer a realidade. Reunião dos bispos portugueses decorre até quinta-feira.

Começa esta segunda-feira, em Fátima, a assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP). Em destaque vai estar o inquérito ligado ao Sínodo sobre a família enviado pelo Papa.

“Não se trata de um referendo à opinião pública, aos dogmas da Igreja, mas de uma auscultação da realidade da família sem pôr de lado temas que são delicados. Sem escamotear os problemas, mas encarando-os de frente”, afirma à Renascença o porta-voz da CEP, padre Manuel Morujão.

“Trata-se de ver como são as famílias de hoje, encará-las de frente com realismo e coragem. Só vendo a realidade é que se pode tratá-la convenientemente”, acrescenta.

O questionário serve para preparar o Sínodo agendado para Outubro e que vai ter como tema a família. O Papa pretende que as dioceses apurem o que pensam os fiéis sobre questões que vão desde o conhecimento dos documentos da Igreja à união de pessoas do mesmo sexo. As respostas têm de chegar ao Vaticano até ao final de Janeiro.

A assembleia plenária começa às 16h00, com o discurso de abertura do patriarca de Lisboa e presidente da CEP, D. Manuel Clemente.

Do programa dos trabalhos consta ainda uma análise às informações sobre o Observatório Social da Igreja, a actividade das comissões episcopais e uma reflexão sobre o serviço da caridade.

Para o último dia de assembleia plenária, quinta-feira, está marcada uma conferência de imprensa, na qual vaio ser apresentado o comunicado final.