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D. Jorge Ortiga pede empenho e critica “jogos políticos”

06 nov, 2013 • Isabel Pacheco

Arcebispo de Braga pede que se redescubra a figura de Beato Frei Bartolomeu dos Mártires, uma referência do passado para os que têm de construir a história do presente.  

A união de soluções para o país é urgente, considera o Primaz de Braga, que critica o que diz ser os “jogos políticos” em detrimento do interesse do povo português.

"A política dá a impressão que é um jogo. Uns jogam ao ataque, outros ao contra-ataque e não há a convicção profunda de que o que importa é o povo português", diz, apelando a "soluções diferentes, não opostas, mas convergentes. É imperioso e urgente mostrar a sociedade que amamos e queremos.” 

D. Jorge Ortiga, também presidente da comissão da Pastoral Social, lamenta a falta a empenho dos políticos neste campo: “Creio que o sujeito da história deve ser o colectivo, o comunitário. O unir as divergências e sensibilidades e mostrar um esforço comum para transformar esta sociedade. A luz que deve brilhar para mim é ver se estamos todos empenhados em proporcionar ao povo português mais felicidade e mais alegria de viver.”

As declarações de D. Jorge Ortiga foram feitas durante a abertura do congresso dedicado ao concilio de Trento, onde pediu que se redescubra a figura de Beato Frei Bartolomeu dos Mártires, uma referência do passado para os que têm de construir a história do presente.

Frei Bartolomeu dos Mártires foi um dos mais signficativos arcebispos de Braga, numa altura em que a arquidiocese minhota era sem dúvida a mais importante do país, e reivindicava ser a principal da Península Ibérica. Para além de ter sido uma das grandes figuras do Concílio de Trento, era um prelado muito próximo da população, passando a maior parte do seu tempo em visitas pastorais e ocupando-se da formação do clero.

[Notícia actualizada às 14h21]