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Arcebispo de Luxemburgo

"Não tenhais medo da exigência e da ternura de Deus"

13 ago, 2013 • Olímpia Mairos

D. Jean Claude Hollerich apresenta Maria como Aquela “Mãe sempre presente”, que intercede pelas situações de carência e fragilidade humanas e incentiva os cristãos à conversão, à mudança, “no seio das famílias, no local de trabalho”, sendo verdadeiros cristãos “para que Deus possa operar hoje os seus milagres!”

O arcebispo do Luxemburgo, D. Jean Claude Hollerich, apelou hoje aos portugueses para se deixarem tocar pela simplicidade dos Pastorinhos de Fátima e convidou os emigrantes à fidelidade à fé abraçada.

A mensagem foi deixada em Fátima, onde Hollerich presidiu à Peregrinação Aniversária de Agosto, dedicada ao Migrante. 

“Não percais a vossa alma na emigração, mas fazei dela fonte de uma nova proximidade com Deus que vos quer mostrar a Sua face, para vos trazer a felicidade de toda a consolação”, disse D. Jean Claude Hollerich, convidando os cristãos a “investir a vontade e a vida” para “encher as talhas com água”, para que o milagre aconteça.

“Eles não têm vinho!”. Evocando o pedido de Maria a Jesus, nas bodas de Caná, o arcebispo do Luxemburgo, lembrou as situações de carência vividas pelos cristãos, aludindo à vergonha, ao fracasso, à falta de amor, de recursos económicos e de saúde, explicando que são esses hoje os pedidos que Maria apresenta a Jesus, em favor da Humanidade.

“Maria é a Mãe sempre presente”, que “está sempre connosco” e que dá os “conselhos de que precisamos”. Maria “mostra-nos o seu Filho e pede-nos que façamos o que Ele nos diz”, referiu D. Jean Claude, salientando que, “para conhecer a Palavra de Cristo”, é necessária a participação na eucaristia dominical, “fazendo parte das pequenas comunidades onde a Palavra é partilhada”.

Noutra passagem, o bispo luxemburguês convidou os cristãos a aceitar as carências da vida: “Se não temos vinho, teremos de nos contentar com a nossa água, com a nossa frágil vida espiritual, com a nossa boa vontade manchada de fraqueza e impureza”.

O prelado incentivou, ainda, os cristãos à conversão e à mudança de vida, fazendo-o “no seio das famílias, no local de trabalho”, sendo verdadeiros cristãos “para que Deus possa operar hoje os seus milagres e nos converta à Sua vida”.

Dirigindo-se aos portugueses, o Arcebispo do Luxemburgo exortou à confiança em Deus: “Não tenhais medo. Deixai-vos tocar por Cristo… Não tenhais medo da exigência e da ternura de Deus”.

Desde terça-feira que o Santuário de Fátima acolhe a Peregrinação do Migrante e do Refugiado, uma iniciativa da Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM), organismo da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, que promove até domingo a 41ª Semana Nacional das Migrações, subordinada ao tema Migrações Peregrinação de Fé e Esperança.