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Seminaristas alemães expulsos por actividades nazis

01 ago, 2013

“Todas as formas de xenofobia, racismo e extremismo são incompatíveis com o Cristianismo”, afirmou o Arcebispo responsável pelo seminário na Baviera.

Dois rapazes foram expulsos de um seminário na Baviera, Alemanha, por actividades nazis.

Os boatos sobre a existência de actividades neo-nazis no seminário começaram em Maio e levaram à criação de uma comissão de investigação, liderada por um juiz.

O juiz Norbert Baumann interrogou 28 pessoas e concluiu que dois dos seminaristas em particular, que não foram identificados, tinham revelado claras simpatias nazis, tendo chegado a organizar uma celebração no bar do seminário, por ocasião do nascimento de Hitler.

Um, em particular, tinha um fascínio por fardas nazis e ambos são acusados de terem feito saudações nazis e de terem tocado uma música, sabendo que era um dos temas favoritos de Hitler.

O juiz relata que um dos seminaristas contou anedotas “completamente inaceitáveis” sobre campos de concentração e que terá, em determinada altura, dito que o seminário precisava “de um preto” para limpar as mesas.

Há ainda pelo menos um incidente em que um dos seminaristas terá escapado de ir à missa diária para poder ir a um concerto de uma banda de extrema direita.

Um terceiro seminarista era acusado de ter insultado uma marcha anti-racista, dizendo que os participantes mereciam “uma chapada na cara”, mas foi decidido que não merecia expulsão.

O seminário serve duas dioceses, de Bamberg e de Würzburg. Em conferência de imprensa o Arcebispo de Bamberga afirmou que “todas as formas de xenofobia, racismo e extremismo são incompatíveis com o Cristianismo”. Já o bispo de Würzburg considera que a Igreja devia esforçar-se para consciencializar os seminaristas das “relações especiais” que existem entre judeus e cristãos.