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Fundação propõe Jornada de oração pela República Centro-Africana

18 jul, 2013 • Ecclesia

Bispo local fala em violações constantes de mulheres, casas queimadas e pilhadas e igrejas saqueadas e profanadas.  

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) juntou-se à jornada internacional de oração pela República Centro-Africana, organizada pelas Irmãs Carmelitas Descalças, da província de Liguria, Itália, para este domingo.

A AIS revela que as notícias “quase quotidianas” são “de violações, de crianças recrutadas à força para integrarem milícias armadas, de roubo indiscriminado de bens e de desaparecimento de pessoas”.

A situação da República Centro-Africana agrava-se de dia para dia, desde que o Presidente “foi obrigado a fugir para o vizinho Congo”, a 24 de Março de 2012, com a chegada movimento islamista Séléka.

Um bispo centro-africano refere à AIS que com a chegada dos rebeldes, famílias inteiras fugiram para o Congo. “Há violações constantes de mulheres. Eles roubaram tudo o que puderam, pilharam casas, queimaram-nas. As igrejas foram saqueadas e profanadas. Levaram-nos todos os meios de transporte e, agora, não podermos sequer visitar as nossas missões”.

A jornada internacional de oração, para o próximo domingo surgiu por iniciativa das Irmãs Carmelitas Descalças, que têm cinco missões neste país, que fica no centro do continente africano, e que “rapidamente” ganhou dimensão internacional.

A fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre associou-se a esta jornada e convida todos os portugueses a rezar para que as vitimas recebam “o apoio espiritual e material necessário para reconstruírem a sua vida” e pela igreja que trabalha com estas populações.

Em Portugal, para além da AIS, alguns mosteiros aderiram à iniciativa e apelam aos cristãos a associarem-se.

A Fundação AIS que concedeu uma ajuda de emergência de 160 mil euros à Igreja Católica local revela que umas das consequências desta situação foi a “fuga de milhares de pessoas”: “Até maio, mais de 200 mil cristãos tinham abandonado as suas casas e quase 50 mil encontram-se como refugiados em países vizinhos”.

A República Centro-Africana tem como países vizinhos, a norte o Chade, a nordeste o Sudão, a leste o Sudão do Sul, a sul a República Democrática do Congo e a República do Congo, e a oeste os Camarões.