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Novo selo francês inspirado em manifestante anticristã

15 jul, 2013

Activista da Femen é a nova “Marianne” da Revolução Francesa. Em 2012 derrubou um crucifixo de vários metros com uma serra eléctrica.

Um novo selo francês, que ostenta a imagem da “Marianne”, que se tornou símbolo da revolução francesa, foi inspirado numa manifestante ucraniana que, no ano passado, cortou um crucifixo com uma serra eléctrica, em Kiev.

Inna Shevchenko é membro da organização feminista Femen, cujas militantes têm o hábito de protestarem em tronco nu. Apesar de se manifestarem contra realidades como a prostituição, a mutilação genital feminina e o abuso sexual de mulheres, as activistas da Femen também já levaram a cabo muitos protestos de registo anticristão.

A verdadeira inspiração por detrás da nova “Marianne” foi revelada pelo artista que criou o selo. Olivier Ciappa disse, no Twitter, que o feminismo faz parte dos valores da Revolução Francesa: “A Marianne, na altura da revolução, estava de peito desnudo. Por isso, porque não prestar homenagem a esta fabulosa Femen?”.

Inna Shevchenko chocou a Ucrânia, em 2012, quando decidiu cortar um crucifixo de madeira com vários metros de altura, numa acção de protesto contra a condenação de membros da banda russa “Pussy Riot”, por terem feito, na principal catedral de Moscovo, um concerto improvisado de teor ofensivo para o Cristianismo.

Uma activista da Femen também ameaçou o Patriarca de Moscovo, correndo em direcção a ele gritando “Kill Kiril” [Morte ao Kiril] escritas nas costas. Mais recentemente, o arcebispo de Bruxelas foi atacado por membros da Femen que o insultaram e lhe despejaram garrafas de água, em protesto contra a sua posição em defesa do casamento natural.

Já se registaram protestos da Femen no Vaticano, contra o Papa e as políticas da Igreja Católica, e também, em França, contra participantes em marchas em defesa do casamento natural.

Depois do incidente do crucifixo na Ucrânia, Inna Schevchenko pediu asilo político em França, onde coordena um novo ramo da Femen.

Pelo menos um partido francês já apelou ao boicote do novo selo, que foi escolhido por estudantes universitários e desvendado no passado domingo pelo Presidente François Hollande.