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Inventariação de arte sacra começa em Setembro

15 jul, 2013

Iniciativa do Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja começará "em cinco ou seis" dioceses do país. Os inventários são "como uma arma de combate aos furtos".

O Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja entende que a inventariação da arte sacra pode ser uma arma de combate ao flagelo e, por isso, arranca em Setembro o trabalho de inventariação nos templos religiosos em algumas dioceses do país.

“Ainda não estão definidas as dioceses que vão integrar a primeira fase do projecto, mas, em princípio, serão cinco ou seis, no início", explica Sandra Costa Saldanha, do Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja, explicando que o objectivo "será, não só fazer o levantamento do património, mas também será apostar na formação e em procedimentos uniformizados para a produção desses inventários".

“Fundamentalmente, queremos inventariar o máximo de obras, funcionando, entre outras coisas, como uma arma de combate aos furtos", acrescenta a responsável.

De acordo com Sandra Costa Saldanha, este projecto de inventariação custa 13 mil euros e tem 70% financiamento da Fundação Calouste Gulbenkian.

As igrejas em Portugal têm sido muito atingidas por furtos, nos últimos tempos, e à onda criminosa, sempre com as caixas de esmola na mira, não escapam, sequer, os sinos.

Só no primeiro trimestre deste ano, a Polícia Judiciária registou trinta roubos em igrejas. Segundo as autoridades, há igrejas roubadas, à luz do dia, por falsos turistas e templos rurais arrombados durante a noite.