11 jul, 2013
O Papa Francisco marcou presença na primeira reunião da comissão de inquérito aos negócios do Instituto das Obras Religiosas (IOR), mais conhecido como Banco do Vaticano.
“Francisco esteve presente para encorajar o trabalho da comissão”, escreve o jornal “L'Osservatore Romano”.
O presidente do IOR, o alemão Ernst von Freyberg, e o monsenhor Battista Ricca, nomeado no mês passado intermediário entre o banco e o Vaticano, também estiveram na reunião desta quinta-feira, adianta o jornal.
A comissão para rever as actividades do Banco do Vaticano foi criada a 26 de Junho pelo Papa Francisco. O objectivo é assegurar que o Instituto não se afasta da missão da Igreja e que o Banco não está a ser usado para branqueamento de capitais ou financiamento de actividades ilícitas. A decisão de criar a comissão surge depois de um recente relatório ter revelado a existência de movimentos financeiros suspeitos e no contexto de uma grande operação iniciada pelo Vaticano para tentar tornar a instituição mais transparente.
Dois dias depois do anúncio da comissão foi detido, em Roma, monsenhor Nunzio Scarano, um alto responsável da Igreja italiana, no âmbito da investigação das autoridades ao IOR.
Monsenhor Nunzio Scarano estava ligado à administração do património da Santa Sé e é suspeito de fraude e corrupção.
Já este mês, o Papa nomeou uma nova direcção o Banco do Vaticano (IOR). Foi a terceira mexida que Bispo de Roma fez na instituição desde que tomou posse.
O director e o subdirector do Instituto foram afastados. Ernst von Freyberg, o actual presidente, assumiu interinamente funções como director geral. Terá a seu lado Rolando Marranci e Antonio Montaresi, que substituem Paolo Cipriani e Massimo Tulli, que resolveram sair depois de anunciada a detenção do monsenhor Nunzio Scarano.
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