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Sauditas impõem rigores do Ramadão a não muçulmanos

11 jul, 2013

Há cerca de oito milhões de trabalhadores estrangeiros na Arábia Saudita, muitos dos quais não são muçulmanos.

Sauditas impõem rigores do Ramadão a não muçulmanos
Qualquer pessoa, seja muçulmana ou não, que seja apanhada a quebrar as regras do jejum do Ramadão na Arábia Saudita sujeita-se a ser detido, chicoteado ou expulso do reino, informou na quarta-feira o ministro do Interior da Arábia Saudita.

Durante o Ramadão todo o muçulmano pós-pubescente e de boa saúde deve abster-se de ingerir qualquer alimento desde o nascer ao pôr-do-sol. A proibição estende-se a mastigar pastilhas, fumar ou ter relações sexuais.

O primeiro dia do jejum foi na quarta-feira e só termina no final do mês lunar.

Tradicionalmente os não muçulmanos que vivem em países islâmicos não são obrigados a cumprir estas regras, mas com o anúncio feito pelo Ministério, os estrangeiros apanhados a quebrar o jejum em público podem ver os seus contratos terminados e ser expulsos do país.

A Arábia Saudita é um reino oficialmente muçulmano, onde prevalece uma corrente do Islão muito rigorosa. Não é permitido o culto público de qualquer religião para além do Islão e mesmo alguns objectos privados de devoção, como crucifixos, Bíblias ou terços, são vedados.

Há cerca de oito milhões de trabalhadores estrangeiros na Arábia Saudita, na maioria asiáticos, muitos dos quais não são muçulmanos.