Tempo
|

Igreja apela à valorização da Educação Moral e Religiosa Católica

03 jul, 2013

O presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé sublinha que, nesta época de matrículas, é necessário “sensibilizar as famílias, a escola e a comunidade para o bem que a disciplina lhes oferece”.

Igreja apela à valorização da Educação Moral e Religiosa Católica

O presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé apela aos pais e responsáveis escolares do país para que valorizem a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC).

“Que, cada vez mais, os alunos possam encontrar nas aulas de EMRC as respostas a que têm direito e procurar aí os valores onde se respaldem os horizontes do seu futuro”, diz D. António Francisco dos Santos, que é também bispo de Aveiro, num documento divulgado pela agência Ecclesia.

D. António Francisco sublinha que, nesta época de matrículas, é necessário “sensibilizar as famílias, a escola e a comunidade para o bem que a disciplina lhes oferece”.

“Estamos, assim, a construir uma escola melhor e a lançar bases sólidas do futuro de Portugal”, refere.

D. António Francisco dos Santos recorda que a EMRC tem agora um novo enquadramento legal - o decreto-lei n.º 70/2013, de 23 de Maio -, fruto de um “prolongado trabalho realizado entre a Conferência Episcopal Portuguesa e o Ministério da Educação e Ciência”.

“As aulas de EMRC não se mendigam nem se impõem automaticamente. Merecem-se. A escola tem direito de as exigir da comunidade como verdadeiro e insubstituível compromisso em prol do bem comum e da causa da educação”, escreve o prelado.

O bispo de Aveiro acrescenta que o ensino nas escolas tem de “exprimir o que a comunidade pensa, sente e quer” e deve “espelhar a própria alma da comunidade no que de mais belo ela possui”.

“A EMRC oferece aos alunos e à comunidade escolar um olhar de interdisciplinaridade para a beleza, valor e sentido da vida”, sustenta.

A disciplina de oferta obrigatória e de frequência facultativa, na escola pública estatal, inscreve-se “legalmente no quadro do respeito inviolável pelo direito dos alunos de escolherem uma resposta educativa que assegure a sua formação integral”, realça o presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé.

Segundo este responsável, as estatísticas revelam que a frequência desta disciplina tem sido estável ao longo das últimas décadas e que “tem aumentado significativamente, nos últimos anos, o número de alunos do primeiro ciclo que se matriculam nas aulas de EMRC”.

“Há muitos alunos que frequentam EMRC independentemente das suas convicções religiosas e do seu credo de fé. Compreendemos todos que EMRC não é catequese nem somente educação cívica”, observa D. António Francisco dos Santos.

O bispo de Aveiro fala da disciplina como “um ato vivo de toda a comunidade” e diz que “ser aluno de EMRC significa aprender caminhos firmados na dignidade humana, sentir o fascínio do transcendente e a lucidez diante do tempo presente”.

“Ser aluno de EMRC consiste em moldar a vida pelos valores do evangelho de Jesus e ajuda a descobrir o encanto da fé e a paixão pela missão da Igreja”, indica ainda D. António Francisco dos Santos.