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Actualidade Religiosa

Corpo de Deus deixa de ser feriado. Como devem os católicos celebrá-lo?

30 mai, 2013

Bispo auxiliar de Lisboa diz que deve ser celebrado como sempre foi, com participação na Eucaristia e nas diferentes procissões que ocorrem por todo o país.

O dia do Corpo de Deus, que se assinala, este ano, esta quinta-feira, dia 30, deixou de ser feriado e a dúvida impõe-se: como devem os católicos celebrá-lo. No debate de actualidade religiosa, D. Nuno Brás, Bispo auxiliar de Lisboa, explica que os católicos devem celebrá-lo como sempre o fizeram.

“O Corpo de Deus este ano é celebrado no próximo domingo, devem celebrá-lo como sempre celebraram, participando na Eucaristia e nas diferentes procissões do Corpo de Deus que, de uma forma ou de outra, existem um pouco por toda a parte”, sublinha o Bispo auxiliar de Lisboa.

Por se tratar de “uma festa móvel”, explica D. Nuno Brás, “a solenidade pode ser pode ser transposta para o dia seguinte, como aliás acontece na grande maioria dos países europeus, inclusivamente em Itália”.

A jornalista Aura Miguel, por seu turno, chama a atenção para uma iniciativa promovida pelo Papa. Francisco vai organizar uma Adoração Eucarística com transmissão simultânea para todo o mundo. Será realizada na Basílica de São Pedro, no próximo domingo 2 de Junho, das 17h00 às 18h00 (horário italiano).

Neste debate de actualidade religiosa, esteve em análise o alerta do Patriarca. D. José Policarpo chamou a atenção para os perigos da “fé à la carte” e para os “crentes sem religião”, considerando que a Igreja deve estar atenta e encontrar respostas.

Também o Papa alertou esta semana para as consequências do fascínio pela “cultura do bem-estar” e do “provisório”, que afastam os Homens de Deus. Francisco defendeu igualmente a necessidade de uma reinvenção da solidariedade, no actual momento de crise, afirmando que as dificuldades económicas mostram que “algo não funciona” no sistema financeiro.

O tema do exorcismo voltou a fazer notícia por conta da polémica em torno de um alegado exorcismo praticado pelo Papa, mas que é negado pelo Vaticano. D Nuno Brás diz a esse propósito que não devemos ver o demónio em todo o lado, nem recusar liminarmente que existe a “possessão diabólica”. “Trata-se no fundo perceber aquilo que a própria medicina coloca ao nosso serviço, partindo do princípio que as possessões diabólicas são relativamente raras, mas existem.”

Aura Miguel sugere a leitura do exorcista nomeado pelo Vaticano, Gabriele Amorth, “ Um exorcista conta-nos”.