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Papa pede coragem na defesa das crianças e pessoas que sofrem por abusos

05 mai, 2013

Num encontro com dezenas de milhares de membros de irmandades e confrarias católicas, Francisco elogiou também as manifestações populares da fé.

Papa pede coragem na defesa das crianças e pessoas que sofrem por abusos
Num encontro com dezenas de milhares de membros de irmandades e confrarias católicas, Francisco elogiou também as manifestações populares da fé.

O Papa Francisco dirigiu este domingo no Vaticano a sua solidariedade a todo os que “sofreram e sofrem” devidos a casos de abuso.

“Esta é uma ocasião para dirigir o meu pensamento a quantos sofreram e sofrem por causa dos abusos. Gostaria de assegurar-lhes que estão presentes na minha oração, mas gostaria também de dizer com força que todos devemos empenhar-nos com clareza e coragem para que cada pessoa humana - especialmente as crianças, que são dos mais vulneráveis - seja sempre defendida e tutelada”, exortou o Papa, após a recitação da oração do Regina Coeli, na Praça de São Pedro.

Num encontro com dezenas de milhares de membros de irmandades e confrarias católicas, inserido no Ano da Fé, o Papa Francisco elogiou as manifestações populares da fé.

“A piedade popular é uma estrada que leva ao essencial, se for vivida na Igreja em profunda comunhão com os vossos Pastores. Amados irmãos e irmãs, a Igreja ama-vos!”

“Sede uma presença activa na comunidade: células vivas, pedras vivas. Os bispos latino-americanos escreveram que a piedade popular, de que sois expressão, é ‘uma maneira legítima de viver a fé, um modo de se sentir parte da Igreja’. Amai a Igreja! Deixai-vos guiar por ela! Nas paróquias, nas dioceses, sede um verdadeiro pulmão de fé e de vida cristã”, defendeu.

Durante a missa que celebrou para as confraternidades, Francisco lembrou ainda a importância da simplicidade e da relação com Deus. “Ao longo dos séculos, as Irmandades têm sido uma forja de santidade para muitas pessoas, que viveram com simplicidade uma relação intensa com o Senhor.”

“Caminhai decididamente para a santidade; não vos contenteis com uma vida cristã medíocre, mas a vossa pertença sirva de estímulo, a começar por vós mesmos, para amar mais a Jesus Cristo”, concluiu.