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Bónus dos funcionários do Vaticano podem reverter para a caridade

18 abr, 2013

"Despesas extra podem ser consideradas normais numa altura de abundância, mas não é esse o mundo em que nos encontramos actualmente", refere o porta-voz da Santa Sé.

O Papa Francisco acompanha os tempos de contenção devido à crise e, por isso, os funcionários do Vaticano não devem receber a gratificação extraordinária que é tradicionalmente recebida quando há a morte e a sucessão de um Papa.

Em vez disso, uma parte da soma prevista para esses prémios, que iriam contemplar quatro mil trabalhadores, terá como destino uma instituição de caridade.

"Não creio que vá haver qualquer bónus", revelou o porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi. "Despesas extra podem ser consideradas normais numa altura de abundância, mas não é esse o mundo em que nos encontramos actualmente", justificou.

O Papa Francisco, que escolheu o nome de um santo que escolheu viver em pobreza, decidiu não viver nos apartamentos papais nem usar as vestes habitualmente mais luxuosas e ornamentadas, numa tentativa de marcar um papado mais humilde e menos opulento.

Em Abril de 2005, alguns dias após a morte de João Paulo II, o cardeal camerlengo decidiu oferecer um prémio de mil euros a cada colaborador. Umas semanas mais tarde, um novo valor (500 euros) foi atribuído pela eleição de Bento XVI.