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Páscoa revela ligação e separação entre cristãos e judeus, diz rabino

01 abr, 2013

Este ano a Páscoa no Cristianismo ocidental e no Judaísmo coincidiram. O rabino-mor de Roma e o Papa Francisco trocaram mensagens de saudação e promessas de oração.

Páscoa revela ligação e separação entre cristãos e judeus, diz rabino
A Páscoa, que foi celebrada no fim-de-semana passado tanto por cristãos de tradição ocidental como por judeus, representa ao mesmo tempo aquilo que liga as duas religiões e aquilo que os separa, disse o rabino-mor de Roma numa mensagem dirigida ao Papa.

Riccardo Di Segni recordou que no passado as celebrações pascais cristãs eram muitas vezes receados pelos judeus, pois a recordação da paixão e morte de Jesus espoletavam frequentemente perseguições às comunidades judaicas a viver em cidades cristãs.

Agora, contudo, “estes dias são vividos por ambas as fés em alegria e harmonia”, escreveu o rabino, dando graças a “todos os que têm estado envolvidos neste processo de reconciliação”.

Di Segni disse ainda, na sua mensagem ao Papa Francisco, que rezaria por ele “num espírito de respeito e de amizade fraterna”, na esperança que o Senhor “nos conceda compreender reciprocamente o sentido de diferença e o valor da fraternidade”.

O rabino-mor respondia a uma mensagem enviada por Francisco à comunidade judaica. Nessa missiva o Papa invoca a história da fuga do Egipto, central para a narrativa da Páscoa dos judeus: “Que o Todo-poderoso, que libertou o seu povo da escravidão no Egipto e os conduziu à Terra Prometida, continue a salvar-vos de todo o mal e vos acompanhe com as suas bênçãos.”

Como é seu costume, o Papa pediu ainda que o líder da comunidade judaica rezasse por ele.