Três secretários de Estado de saída do Governo

O secretário de Estado da Inovação, Carlos Oliveira, o secretário de Estado do Emprego, Pedro Silva Martins, e o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Daniel Campelo, vão sair do Governo, apurou a Renascença. Os dois primeiros pertenciam ao Ministério da Economia, liderado por Álvaro Santos Pereira, um dos ministros tidos como "remodeláveis". O terceiro, Daniel Campelo, pertencia ao Minstério da Agricultura e Ambiente, tutelado por Assunção Cristas.

Fonte do Governo avança à Renascença que o secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional, Almeida Henriques, não está de saída, ao contrário do que chegou a ser avançado pela "TVI24".

Os dois secretários de Estado que deixam o Ministério da Economia eram estreantes em funções governativas. Carlos Nuno Oliveira tem 34 anos e licenciou-se em Engenharia de Sistemas e Informática pela Universidade do Minho. Em 2000, fundou a MobiComp, empresa que ganhou reconhecimento nacional e internacional. Em 2008, a empresa foi adquirida pela Microsoft. Entre 2008 e 2010, foi gestor de unidade de produto na Microsoft, onde, a partir de Portugal, definiu e geriu produtos e tecnologias disponíveis em telefones móveis em todo o mundo.

Pedro Silva Martins é de Lisboa e tem 38 anos. É licenciado em Economia pela Universidade Nova de Lisboa (1997), mestre em Economia pela Universidade de York e doutorado em Economia pela Universidade de Warwick, ambas no Reino Unido. Especialista em Economia do Trabalho e Economia da Educação, foi professor catedrático de Economia Aplicada na Universidade de Londres entre 2004 e 2011. 

Daniel Campelo nasceu em Ponte de Lima, em 1960. É licenciado pelo Instituto Superior de Agronomia de Lisboa, mestre em Produção Vegetal pela Universidade de Reading, Inglaterra, e pós-graduado em Formação Pedagógica pelo Instituto de Wolverhampton, Inglaterra. Foi vereador e presidente da câmara de Ponte de Lima, entre vários outros cargos ligados à administração local. Deputado à Assembleia da República, foi membro das Comissões Parlamentares de Agricultura, Economia e Finanças. Foi professor adjunto do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, é membro de diversas associações ligadas à agronomia. Desempenhou diversos cargos directivos e consultivos nos órgãos nacionais e distritais do CDS-PP.

As mexidas no Governo Passos
A primeira baixa no Governo aconteceu em Março de 2012. O secretário de Estado da Energia, Henrique Gomes, deixou a equipa de Pedro Passos Coelho alegando razões pessoais e familiares. Foi substituido por Artur Trindade.

A 25 de Outubro aconteceram outras mexidas no Executivo, com a tomada de posse de três novos secretários de Estado: Jorge Barreto Xavier para a Cultura, João Henrique Grancho para o Ensino Básico e Secundário e Manuel Rodrigues, uma nova nomeação, para as Finanças. 

O ex-director-geral das Artes Jorge Barreto Xavier substituiu Francisco José Viegas, que se demitiu de secretário de Estado da Cultura por razões de saúde. Isabel Silva Leite deixou a Secretaria de Estado do Ensino Básico e Secundário, que passou a ser dirigida por Henrique Dias Grancho, na altura director da Direcção Regional de Educação do Norte.

Na passada sexta-feira, dia 25, o secretário de Estado da Administração Local e da Reforma Administrativa, Paulo Júlio, apresentou a demissão do cargo ao ministro da tutela, Miguel Relvas, depois de ter sido notificado pelo Departamento de Investigação e Acção Penal de Coimbra de um despacho de acusação pela alegada prática, em 2008, de um crime de "prevaricação de titular de cargo político".

Paulo Júlio, que na altura presidia ao município de Penela, é acusado de ter alegadamente favorecido um primo em segundo grau num concurso para chefe de divisão na Câmara.

[notícia actualizada às 21h15]