Tempo
|

Marcelo alerta para campanha autárquica "fratricida na coligação"

20 jan, 2013

Antigo líder social-democrata preocupado com divisão entre PSD e CDS na candidatura à Câmara do Porto.

Marcelo alerta para campanha autárquica "fratricida na coligação"

Marcelo Rebelo de Sousa alerta para as consequências de PSD e CDS não apoiarem o mesmo candidato à Câmara do Porto nas eleições autárquicas deste ano.

“Se o CDS apoiar outro candidato, como parece que vai apoiar, então temos uma campanha fratricida dentro da coligação [governamental], em que eles estão juntinhos no Parlamento, juntinhos na política económica e financeira e à batatada no Porto, em plenas eleições autárquicas”, afirmou o antigo líder do PSD no habitual espaço de comentário dos domingos, na TVI.

O candidato social-democrata à autarquia do Porto é Luís Filipe Menezes, um nome que levanta muitas reticências ao CDS.

Marcelo Rebelo de Sousa recorda que “tem havido sistematicamente coligação no Porto” entre PSD e CDS e a “Invicta”, juntamente com Lisboa e Sintra, “é o grande município a acompanhar”.

“No Porto, tudo indica que o CDS vai apoiar Rui Moreira, tal como sectores do PSD próximos de Rui Rio, o que quer dizer que o primeiro-ministro, se pensa que está na estratosfera a tratar dos problemas do país, Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro, não passa cartão a Pedro Passos Coelho, líder do PSD, porque essas coisas são coisas de cozinha ou mercearia, essa coisa de candidatura ao Porto, [mas] não é, porque se Rui Moreira tem o apoio do CDS e de sectores do PSD pode dar a vitória ao candidato do PS, pode partir o eleitorado do PSD”, adverte.

O comentador político elogia as vitórias do Governo junto dos mercados externos, mas critica a falta de crescimento da economia portuguesa.

Diz que o Fundo Monetário Internacional (FMI) quer aumentar o IVA e que a posição do ministro dos Negócios Estrangeiros e líder do CDS, Paulo Portas, é dúbia.

Marcelo defende a necessidade de coesão social e considera que Passos Coelho não está a apostar no “consenso social”. Quando ao líder da oposição, António José Seguro, não tem ideias para o futuro do país.