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Autárquicas

Menezes entra na corrida ao Porto sem medo de adversários

19 jan, 2013

Candidato do PSD garante que, caso seja eleito, honrará o legado de todos os ex-presidentes de Câmara, entre os quais, "a vontade de rigor do actual presidente Rui Rio".

Menezes entra na corrida ao Porto sem medo de adversários

O candidato social-democrata à Câmara do Porto, Luís Filipe Menezes, afirma que actualmente "só há mais um candidato" e desafiou "todos os outros" que queiram avançar para não hesitarem. O autarca reitera a intenção de fundir Porto e Gaia.
  
No discurso da apresentação da candidatura à Câmara do Porto, onde foram conhecidos também os mandatários - cerimónia que decorreu na Alfândega e contou com a presença, entre outros, do vice-presidente do PSD, Jorge Moreira da Silva e do líder da bancada parlamentar do PSD, Luís Montenegro - Luís Filipe Menezes foi peremptório: "neste momento só há mais um candidato assumido à Câmara do Porto".   
  
O presidente da Associação Comercial do Porto, Rui Moreira disse este sábado estar a construir uma "candidatura independente" à Câmara do Porto e só não se assume já como candidato por estar a equacionar as possibilidades de vitória. 
 
"Quero dizer a todos os outros que tenham a vontade de avançar que não hesitem, que não hesitem. Que não esperem vagas de fundo, que não joguem em jogos de bastidores, que tenham a coragem, a determinação, a lisura de dizer a que vêm e o que querem fazer. Que não comuniquem pelos jornais, nomeadamente pelos jornais da capital. Comuniquem no Porto, com o Porto, para o Porto", desafiou Menezes. 
 
Manifestando toda a "estima, consideração e respeito" pelo "candidato um outro partido" - Manuel Pizarro encabeça a corrida pelo PS à autarquia do Porto - o conselheiro de Estado garantiu que os "outros que vierem serão igualmente respeitados".

"Proporei ao próximo presidente da Câmara de Gaia eleito que na próxima legislatura local comecemos a fundir serviços e empresas, bem como a trabalhar conjuntamente em projectos estratégicos por forma a construir no prazo de quatro anos, após referendo à população, a maior cidade de Portugal, com a massa crítica demográfica orçamental e territorial necessárias às exigências do Porto Forte do futuro", declarou, reiterando a intenção de levar por diante a fusão Porto-Gaia. 
 
Menezes deixou ainda um alerta: "a nossa candidatura é forte, mas não ganhamos ainda porque quem manda é o povo. Temos que ter a humildade de reconhecer isso. Outros já tiveram grandes desgostos no passado por ser sobranceiros e não respeitar essa realidade". 
 
O candidato do PSD adiantou ainda que, caso seja eleito, honrará o legado de todos os ex-presidentes de Câmara, entre os quais, "a vontade de rigor do actual presidente Rui Rio". 
 
Avançou ainda que "no final da Primavera" será apresentado o programa eleitoral, tendo hoje deixado "um compromisso manifesto" composto por dez grandes objectivos: repovoamento da cidade, a construção da cidade social, regeneração do património edificado, o reordenamento funcional do território, captação de investimento, turismo permanente, a projecção internacional da universidade e dos centros de investigação, criação de uma nova cidadania de participação, afirmação de uma liderança regional. 
 
"Eu não iria entrar na demagogia de que, para construir o programa, vou ouvir os portuenses. Eu quero ouvir os portuenses durante os próximos 12 anos, todos os dias e a todas as horas e com eles construir as soluções", disse ainda. 
 
O mandatário da candidatura de Luís Filipe Menezes é o presidente da Universidade Católica do Porto, Joaquim Azevedo, tendo escolhido para mandatário da juventude o maestro e compositor Rui Massena, programador na Capital Europeia da Cultura, Guimarães 2012. 
 
O porta-voz da campanha do social-democrata vai ser o deputado do PSD e ex-ministro da Educação de Cavaco Silva, Couto dos Santos, sendo o director de campanha o ex-líder da JSD e ex-deputado Pedro Duarte.