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Plano B de Passos prevê corte equivalente a um salário dos funcionários públicos

30 out, 2012

Necessidade de um plano B está inscrita na última revisão do Fundo Monetário Internacional, mas o documento não precisa valores. Passos avança agora com o montante em causa.

Plano B de Passos prevê corte equivalente a um salário dos funcionários públicos
O primeiro-ministro precisou no Parlamento qual é a quantia que o Governo pretende amealhar caso seja necessário um plano B em 2013, na eventualidade de nova derrapagem nas contas públicas: 830 milhões de euros. Este montante é praticamente equivalente a um mês de salário de todos os funcionários públicos.

"No âmbito dos quatro mil milhões de euros que o Estado se compromete a cortar adicionalmente até 2014, o Governo está na disposição de adoptar medidas contingentes até 0,5% do produto [PIB], se isso for necessário. E é isso que iremos fazer”, garantiu no Parlamento.

Tendo em conta as previsões do PIB para 2013, os 0,5% em causa resultam em 830 milhões de euros. A necessidade de um plano B está inscrita na última revisão do Fundo Monetário Internacional (FMI), mas o documento não precisa o montante em causa.

Quanto à possibilidade de ser necessário um segundo resgate financeiro a Portugal, Pedro Passos Coelho recusa o cenário. "Que isto fique claro, porque estamos a falar de coisas demasiado importantes, que têm sensibilidade para o país e que não fique nenhuma dúvida a este respeito: o Governo nem está a preparar um segundo resgate, nem está a preparar o caminho para nenhum segundo resgate."

Durante o debate do Orçamento do Estado, o primeiro-ministro lançou o repto ao PS e aos parceiros sociais para uma reforma do Estado, que, no seu entender, evitará um segundo resgate e defenderá o Estado social. Na resposta, o líder socialista rejeitou ser "bóia de salvação do Governo".