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Passos Coelho diz que "refundação" do memorando deve comprometer PS

27 out, 2012 • Eunice Lourenço

Governante encerrou as jornadas parlamentares conjuntas do PSD e do CDS onde disse que "o Estado só deve fazer aquilo que faz bem e deve fazer muito melhor aquilo que não pode deixar de fazer".

Passos Coelho diz que "refundação" do memorando deve comprometer PS

O primeiro-ministro afirma que até 2014 vai realizar-se uma reforma do Estado que constituirá "uma refundação do memorando de entendimento" e defende que o PS deve estar comprometido com esse processo.

No encerramento das jornadas parlamentares conjuntas do PSD e do CDS-PP, na Assembleia da República, Pedro Passos Coelho afirmou que não é possível adiar uma "reforma mais profunda do Estado" para "fora do quadro do memorando de entendimento".

O primeiro-ministro acrescentou que essa reforma do Estado constituirá "não uma renegociação", mas sim "uma refundação do memorando de entendimento" e "deve comprometer todos aqueles que assinaram ou negociaram o memorando de entendimento", como é o caso do PS.

"O novo patamar que pretendemos atingir, quer na despesa pública quer na forma como o Estado se apresenta perante os cidadãos, não deve estar circunscrito à conjuntura de qualquer Governo", refere.

Segundo o chefe de Governo, "o Estado só deve fazer aquilo que faz bem e deve fazer muito melhor aquilo que não pode deixar de fazer".

Passos Coelho aproveitou para responder ao PS que tem acusado o primeiro-ministro de estar quieto e calado em matérias europeias e mundiais e anunciou que, em conjunto com a Polónia, vai promover uma cimeira dos Amigos da Coesão no dia 13 em Bruxelas.

Com Paulo Portas a ouvir, o primeiro-ministro terminou as jornadas parlamentares conjuntas PSD-CDS com uma declaração de confiança na coligação governamental: "Não foram PSD ou CDS-PP que trouxeram o país para a situação em que ele hoje vive, mas tenho a certeza de que seremos ambos parceiros suficientemente fortes para tirar o país da situação em que ele está".