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Resposta de Passos a Portas é cozinhada esta quarta-feira

19 set, 2012 • Paula Caeiro Varela

O líder do CDS e ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros afirmou, no domingo, em conferência de imprensa, que discorda das alterações à taxa social única e apontou "outros caminhos".

Resposta de Passos a Portas é cozinhada esta quarta-feira
A comissão política nacional do PSD, convocada na sequência das declarações do presidente do partido parceiro de coligação, Paulo Portas, está marcada para logo à noite, esperando-se que dela saia a resposta de Pedro Passos Coelho. Até lá, impera o silêncio.

A convicção no seio do PSD é a de que nada vai ser como dantes entre os dois partidos, mas cabe a Passos Coelho definir o tom da resposta, de modo a evitar rupturas imediatas. Essa preocupação explica a tentativa, nos últimos dias, de serenar ânimos da parte de vários dirigentes do PSD e de membros do Governo.

Nos bastidores, Portas e Passos procuram voltar a acertar ponteiros, mas, apesar da expectativa, a convicção entre os mais próximos do primeiro-ministro é clara: Passos não pode nem vai recuar em toda a linha na medida da discórdia.

"Calibrar", "mitigar", "afinar" ou "modelar" a descida da TSU e a respectiva subida das contribuições dos trabalhadores são os eufemismos que mais se ouvem. Resta saber como vai Pedro Passos Coelho conjugar estes verbos em voga.

De manhã, o primeiro-ministro reúne com os parceiros sociais. Os que, em Janeiro, assinaram um acordo de concertação com o Governo – UGT e entidades patronais – contestam agora a decisão de descer de 23,75 para 18% a Taxa Social Única (TSU) paga pelas empresas, à custa do aumento das contribuições dos trabalhadores de 11% para 18%.