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PS diz que Passos Coelho “falhou” e “mentiu”

10 set, 2012

Socialistas querem explicações ao chefe do Governo depois de tantos sacrifícios pedidos aos portugueses.

O Secretariado Nacional do PS exige ao primeiro-ministro que explique já o que falhou na política do Governo, dizendo que está em falta com os portugueses depois de ter anunciado mais medidas de austeridade.

A exigência dos socialistas foi transmitida pelo dirigente Miguel Laranjeiro, numa conferência de imprensa em que também acusou Pedro Passos Coelho de ter "enganado os portugueses" ao anunciar um "imposto encapotado" nas contribuições para a Segurança Social, para mais de forma "não equitativa".

"O primeiro-ministro está em falta com os portugueses, que perguntam o que falhou. O primeiro-ministro tem de explicar como tenciona cumprir os compromissos para 2012, nomeadamente na questão do défice [meta de 4,5%]. O país exige uma explicação cabal", sustentou o secretário nacional do PS para a Organização.

Na conferência de imprensa, Miguel Laranjeiro disse também que o primeiro-ministro "está em falta com os portugueses até assumir o falhanço das suas políticas".

"A agenda para o crescimento e emprego, que tem sido defendida há mais de um ano pelo PS, está a fazer o seu caminho na União Europeia. Veja-se as recentes decisões do Banco Central Europeu, que aliás colidem com a opção do Governo português e do próprio primeiro-ministro", sustentou o deputado socialista.

Neste contexto, Miguel Laranjeiro acusou o primeiro-ministro de ter "enganado os portugueses, quando afirmou que não ia haver aumento de impostos e quando na sexta-feira passada quis passar a ideia que ia apenas cortar um salário à função pública e aos reformados e, afinal, cortou dois salários, aplicando ainda um aumento de sete pontos percentuais na contribuição para a Segurança Social a todos os trabalhadores - um verdadeiro imposto encapotado".

"Depois de ter cortado dois salários à função pública e aos reformados, propõe agora um corte de dois salários à função pública e aos reformados e um de salário a todo o sector privado. Ao cortar por igual a todos, o Governo não está a ter uma opção equitativa, retirando aos que ganham salário mínimo nacional 34 euros em cada mês para ajudar maioritariamente as grandes empresas", disse.