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Passos quer reeleição apesar do coro de assobios que tem ouvido

14 ago, 2012 • Carlos Calaveiras

Pelo menos 13 manifestações públicas de protesto visaram o chefe de Governo e outros membros do Executivo neste primeiro ano de mandato.

Passos quer reeleição apesar do coro de assobios que tem ouvido

O primeiro-ministro disse na festa do Pontal que espera ser reeleito em 2015, mas, com pouco mais de um ano de mandato, a rua já lhe deixou vários avisos de que não está a gostar da sua governação.

Pelo menos por 13 vezes, vários membros do Executivo – especialmente Pedro Passos Coelho, mas não só – foram confrontados com assobios, apupos e manifestações.

coro de protestos começou ainda em 2011, a 14 de Dezembro, com o primeiro-ministro a não passar "incólume" por Matosinhos na inauguração do Centro de Arte Moderna Gerardo Rueda.

A partir de 4 de Julho, em Braga, e depois de ter sido confrontado com duas manifestações, Passos tomou uma resolução. "Gostaria de deixar bem claro a todos os sindicatos ou a todas as organizações que estão a promover esse tipo de intervenção que nunca deixarei de aparecer no país e de contactar com os portugueses em face de protestos que queiram exercer."

Lisboa assobiou Passos Coelho na Feira do Livro e o Porto também não perdeu a oportunidade quando o primeiro-ministro marcou presença na comemoração do centenário da Universidade do Porto.

GouveiaFigueira da FozBorbaCantanhede e Manta Rota foram outros locais em que Passos foi confrontado com apupos e manifestações de protesto contra as medidas de austeridade.

A 29 de Junho, Álvaro Santos Pereira, dono da pasta da Economia, foi insultado e vaiado à saída do Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã e teve até dificuldades em passar pelos manifestantes, obrigando à intervenção de seguranças.

Já a 7 de Julho, o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, teve que encurtar o discurso na cerimónia de abertura dos jogos desportivos da CPLP, em Mafra, depois de um coro de assobios.

Nem só de anónimos foi feita a contestação ao Governo PSD/CDS. A 3 de Dezembro de 2011, o mesmo Miguel Relvas ouviu críticas públicas e notórias quando discursou no Congresso Nacional de Freguesias e garantiu que o Governo vai prosseguir a reforma da administração local.

Também Pedro Silva Martins, secretário de Estado do Emprego, não escapou, a 6 de Julho, ao veredicto da população e ouviu assobios em Vila Real de Santo António.