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Primeiro-ministro prevê que 2013 será "um ano de inversão" para Portugal

14 ago, 2012 • Ricardo Vieira

Passos acredita que a "preparação para a recuperação económica" começa para o ano. Diz ainda que vai reunir para encontrar alternativa ao corte dos 13º e 14º meses dos funcionários públicos, medida chumbada pelo Constitucional.

Primeiro-ministro prevê que 2013 será "um ano de inversão" para Portugal

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, acredita que "2013 será um ano de inversão na situação da actividade económica em Portugal".

"Estou muito confiante, apesar das adversidades externas, que nós temos todas as condições para que 2013 seja um ano já de estabilização da nossa economia e de preparação para a recuperação económica em Portugal", salientou o chefe de Governo no discurso desta terça-feira na festa de rentrée do PSD, em Quarteira
 
Passos Coelho reafirmou que Portugal "vai vencer a crise custe o que custar". "Estamos mais próximos do que há um ano" de isso acontecer, garantiu.

O primeiro-ministro quer conversar com os parceiros sociais e a oposição por causa do Orçamento do Estado para 2013 e da alternativa que é preciso encontrar para compensar a decisão do Tribunal Constitucional, que chumbou o corte dos subsídios de férias e Natal dos funcionários públicos e pensionistas.

Passos Coelho apela a consenso sobre "regra de ouro"
O primeiro-ministro apelou ainda a um consenso suprapartidário para a inscrição na Constituição de um limite à dívida pública, a chamada "regra de ouro".

“Se nós queremos para futuro que todo o nosso esforço não seja inglório, que todos os sacrifícios que nós fizemos não sejam deitados como menino na água do banho depois do que passámos, então é importante apelar ao sentido de responsabilidade de todos os partidos para que esta regra possa ser adoptada em Portugal", desafiou o primeiro-ministro na rentrée social-democrata.

Se a constitucionalização da dívida for aprovada, defendeu o chefe do Governo, "de hoje em diante ninguém poderá mais dizer que é necessário cortar subsídios de Natal ou de férias ou aumentar os impostos ou fazer outros sacrifícios ainda maiores porque, no passado, não cumprimos esta regra de ouro, que era a de não gastar mais do que aquilo que sabíamos que devíamos gastar para poder pagar".