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Ministro das Finanças critica "políticas expansionistas agressivas" de Sócrates

04 mai, 2012

Vítor Gaspar voltou a sublinhar que "Portugal é um exemplo de que o excesso de despesa não leva a um crescimento sustentado".

O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, acusou esta sexta-feira o anterior Governo socialista de ter seguido políticas expansionistas agressivas que levaram à quase bancarrota do país por acreditarem que a crise económica e financeira seria "de curta duração".

“Em 2008 e 2009, foram seguidas políticas de expansão orçamental agressivas. Estas levaram a níveis de défice públicos elevados e a um crescimento muito rápido da dívida pública", afirmou Vítor Gaspar durante um debate promovido pela Renascença e pelo Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, em Lisboa.

"Em 2010 e 2011, estas decisões conduziram a uma situação insustentável, com uma deterioração completa da nossa confiança e credibilidade, a nossa impossibilidade de nos financiarmos nos mercados de obrigações e, portanto, um pedido de ajuda internacional tornou-se inevitável para evitar a bancarrota em Junho de 2011", referiu o ministro.

Vítor Gaspar voltou a sublinhar que "Portugal é um exemplo de que o excesso de despesa não leva a um crescimento sustentado" e que o recurso a políticas orçamentais expansionistas ,quando não se criou margem orçamental suficiente nos exercícios anteriores, levam a situações de instabilidade muito graves.

"O excesso de despesa não esteve associado a um desempenho associado em termos de crescimento - pelo contrário. Portugal foi o país no euro que menos cresceu, com excepção da Itália", argumentou.