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Militares de Abril respondem a Passos Coelho."Não queremos protagonismo"

24 abr, 2012

Vasco Lourenço acusa o primeiro-ministro de estar a levar o país "para o abismo”.

Militares de Abril respondem a Passos Coelho."Não queremos protagonismo"

O capitão de Abril Vasco Lourenço considera “caricata” a reacção do primeiro-ministro à decisão da Associação 25 de Abril não participar nas cerimónias oficiais da “Revolução dos Cravos” no Parlamento.
 
Quando diz já estar habituado a quem quer protagonismo em datas especiais, Pedro Passos Coelho mostra que não tem argumentos para defender “posições insustentáveis”, afirma o presidente da Associação 25 de Abril.

“Acusar os militares de Abril de quererem ter protagonismo nas comemorações do 25 de Abril é caricato, é de quem não tem argumentos para defender posições insustentáveis, que são as dele [Passos Coelho], que nos está a levar, claramente, para o abismo”, diz Vasco Lourenço.

O capitão de Abril considera que, ao acusar Mário Soares e Manuel Alegre de quererem protagonismo, o primeiro-ministro “agarrou-se a frases feitas, porque não sabe como justificar o injustificável”.  

Vasco Lourenço falava esta noite, em Lisboa, à margem de um jantar comemorativo dos 38 anos do 25 de Abril.
 
No discurso oficial, o general acrescentou que a Associação 25 de Abril e os militares de Abril “hoje como ontem, não pretendem assumir qualquer protagonismo político que só cabe ao povo português, na sua diversidade e múltiplas formas de expressão”.