Passos lembra que Açores não estão livres de sacrifícios

Pedro Passos Coelho lembra que os Açores não estão livres de sacrifícios. No encerramento do congresso regional do PSD, em Ponta Delgada, o líder do partido e primeiro-ministro admitiu que as correcções exigidas à Madeira e ao Continente são significativas, mas os Açores também têm correcções para fazer.

“A Madeira está a fazer um esforço tremendo para poder corrigir a sua situação financeira. Portugal está a afazer um esforço tremendo para corrigir a sua situação financeira. A situação financeira nos Açores também não é folgada”, sublinhou Passos Coelho.

“Não vale a pena iludir”, acrescentou o primeiro-ministro.

Passos Coelho defende ainda menos Estado na economia, numa altura em que continua em curso o processo de privatizações. “Não é nas mãos dos Governos que está o crescimento da economia, a criação do emprego, nem a criação das empresas”, argumentou. Pelo contrário, afirmou, está “nas pessoas, nas famílias, em cada um de nós.”

“Se uma economia for absolutamente estatal ou pública, cedo deixa de ter financiamento para poder crescer. Ora, a única maneira que temos de dar vida ao nosso futuro é conseguir libertar a sociedade de algumas das intervenções mais publicistas”, acrescentou ainda o primeiro-ministro.

O chefe de aproveitou também para criticar os erros cometidos no passado, dizendo que “ninguém tem o direito de sobrecarregar as gerações futuras, com encargos que não beneficiarão, e ninguém tem o direito, qualquer que seja a sua opção ideológica, de comprometer a soberania e a liberdade de todos os portugueses”.

O líder do PSD esteve no encerramento do congresso regional do partido nos Açores, onde prestou o seu apoio a Berta Cabral, presidente social-democrata arquipélago, que vai concorrer às eleições regionais de Outubro.

PSD formará Governo se vencer eleições, mesmo sem maioria absoluta
A presidente do PSD/Açores, Berta Cabral, assegurou hoje que o seu partido formará Governo se vencer as eleições regionais previstas para Outubro, independentemente de conseguir ou não conquistar um apoio maioritário no Parlamento.

"Ganhando as eleições, formaremos Governo. Preferimos uma solução política forte, preferimos uma base de apoio ampla, mas, uma vez conquistada a legitimidade para governar, governaremos nas condições que o povo ditar", afirmou Berta Cabral, no discurso de encerramento do XIX Congresso Regional do PSD/Açores.

A líder regional social-democrata prometeu uma "mudança segura" e manifestou confiança que os açorianos, "depois de 16 anos de governação socialista, vão querer confiar" no PSD. Para Berta Cabral, o partido está "muito mobilizado" e o congresso que hoje terminou "foi um grande impulso para a dinâmica de vitória".