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PS recua pela segunda vez na liberdade de voto

12 abr, 2012

Tal como a Renascença avançou nos últimos dias, inicialmente, o PS determinou disciplina de voto a favor. Esta manhã, Seguro deu aos deputados liberdade para votarem e agora, já durante o debate, mudou novamente a sua posição.

A direcção socialista mudou novamente a sua orientação para a votação do pacto orçamental. Poucas horas depois de António José Seguro ter dado aos deputados a liberdade de voto, houve um recuo e uma terceira mudança.

Tal como a Renascença avançou nos últimos dias, inicialmente o PS determinou disciplina de voto a favor. Esta manhã, Seguro deu aos deputados liberdade para votarem e agora, já durante o debate, mudou novamente a sua posição, recuando à disciplina de voto original.

O deputado João Galamba confirma as mudanças de orientação de voto. “A posição da direcção do Partido Socialista era pública, foi anunciado publicamente que havia disciplina de voto. O Partido Socialista entendeu [depois] que afinal havia liberdade de voto. Hoje entendeu que afinal havia disciplina de voto e é a quem mudou de opinião que deve dirigir essa pergunta”, diz João Galamba.

O deputado socialista acrescenta apenas que mantém a sua posição, “a mesma de sempre”.

Isabel Moreira, deputada independente pelo PS, também confirma que houve uma alteração. "No início tinhamos ideia que havia liberdade de voto e entretanto houve uma comunicação diferente. A maior parte do grupo parlamentar queria votar favoravelmente, eu fazia parte das pessoas que queriam votar contra, mas entretanto fui informada que havia disciplina de voto."
 
Instada a comentar o que a tinha levado a crer que ia haver disciplina de voto, a deputada confirmou que "Era isso que tinha sido dito e falado dentro do grupo parlamentar, mas houve uma mudança".

A discussão sobre o pacto orçamental decorre hoje no Parlamento e o documento vai a votos amanhã. O tratado obriga, por exemplo, a inscrever na Constituição ou em lei de valor reforçado (que tem de ser aprovada por uma maioria de dois terços) um limite ao défice de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB).