Emissão Renascença | Ouvir Online

Pacheco Pereira

“É evidente a má-fé do primeiro-ministro”

06 abr, 2012

Em reacção ao anúncio de Passos Coelho à Renascença, o social-democrata disse no programa “Quadratura do Círculo” que a promessa de reposição de subsídios para 2015 soa a eleitoralismo.

“É evidente a má-fé do primeiro-ministro”

“É evidente a má-fé do primeiro-ministro, que prometeu e não cumpriu”, ao ter estendido o corte nos subsídios de Natal e de férias até ao final da vigência do programa de assistência financeira a Portugal”, afirma Pacheco Pereira.

O social-democrata disse no programa “Quadratura do Círculo” da SIC Notícias que “desconfia” que sejam razões eleitorais as que levam o Executivo de Passos Coelho a referir que volta a pagar 13º e 14º meses em 2015.

“Para já, não é aquilo que foi prometido. Segundo, se não é aquilo que nos foi prometido, ou seja que o corte seria absolutamente extraordinário e corresponderia ao período de intervenção da ‘troika’, ou seja, em 2013 – não é em 2014. Em 2014 as pessoas já deviam ter direito a receber o seu subsídio conforme estava previsto”, defende Pacheco Pereira. 

O comentador considera ainda que “se se diz que as condições económicas não o permitem, também era possível saber isso há um ano. Mas se as condições económicas não o permitem, por que razão é que nos é feita uma oferta para 2015, em que nada indica que as condições económicas o vão permitir? Só pode ser por razões eleitorais.”

Pacheco Pereira reage assim ao anúncio feito por Pedro Passos Coelho à Renascença de que os subsídios de Natal e férias vão ser repostos apenas em 2015. As declarações causaram alguma polémica pelo Governo ter dado a entender anteriormente que a reposição seria feita no final do programa de ajustamento económico, em 2013.