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Governo

As nuances do discurso sobre os subsídios

05 abr, 2012

Ministro das Finanças disse em Outubro que a medida temporária de corte de subsídios estaria em vigor "até ao final do programa de assistência financeira" e falou especificamente em 2013. Passos Coelho afirmou à Renascença que os subsídios só regressam em 2015 e referiu ainda que o programa de assistência "decorre até 2014".

As nuances do discurso sobre os subsídios
O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, não garante o regresso dos subsídios de férias e Natal em 2014, mas sublinha que a medida é “temporária”. Em entrevista à RTP, horas depois da entrega na Assembleia da República do Orçamento do Estado para 2012, Vítor Gaspar disse que na actual conjuntura não é aconselhável fazer “promessas incondicionais”.

O primeiro-ministro disse esta quarta-feira, em entrevista à Renascença, que os subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos só começam a ser repostos a partir de 2015 e referiu que essa reposição será feita de forma gradual.  "[A reposição] é depois de 2014, porque o nosso programa de ajustamento decorre até 2014. Portanto, só depois disso. A partir de 2015, haverá reposição desses subsídios. Com que ritmo, com que velocidade, não sabemos", disse.

Em Outubro, o ministro das Finanças, numa entrevista à RTP, fez declarações sobre o mesmo tema, mas com algumas nuances. "O que eu posso dizer é que o corte no subsídio de férias e de Natal é temporário e vigorará durante o período de vigência do programa de ajustamento económico e financeiro e o período de vigência desse programa acaba em 2013", disse Vítor Gaspar em Outubro.

Na mesma entrevista à RTP, e horas depois da entrega na Assembleia da República do Orçamento do Estado para 2012, Vítor Gaspar disse que, na conjuntura existente, não era aconselhável fazer “promessas incondicionais”. O ministro das Finanças não garantiu na altura o regresso dos subsídios de férias e Natal em 2014, embora tenha feito questão de sublinhar que a medida é “temporária”.

Passos Coelho precisou esta quarta-feira que reposição dos subsídios é em 2015, "porque o nosso programa de ajustamento decorre até 2014". Afirmou ainda que a reposição vai ser gradual. "Qual é o grau de reposição? Quanto tempo vai demorar? Não sabemos. E não sabemos porquê? Porque eu não conheço as condições que vão existir em 2014 e 2015", explicou.