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“Política energética não muda uma vírgula”

15 mar, 2012

Ministro da Economia diz que as compensações vão sofrer cortes e aponta baterias ao líder do PS.

“Política energética não muda uma vírgula”

A “política energética não muda uma vírgula” com a mudança do secretário de Estado, assegura o ministro da Economia.

Álvaro Santos Pereira, que falava no Parlamento, reafirmou que a política de revisão das compensações às empresas produtoras de energia, que ensombram a demissão de Henrique Gomes, é para manter.

“A política energética não muda uma vírgula com a mudança do secretário de Estado. A política energética não é uma política de um secretário de Estado ou de outro secretário de Estado, a política energética é uma política do Governo.”

O ministro da Economia garante que o Governo vai “cumprir integralmente” o que está previsto no memorando da “troika”

“É importante e crucial diminuir e rever os contractos que foram contratados nos últimos anos e que oneraram as famílias e a competitividade das famílias portuguesas”, sublinha.

Seguro é o “elo mais fraco da oposição”
Santos Pereira acusou o PS de tentar enfraquecer a sua imagem no Governo para esconder fraquezas da liderança de António José Seguro.

Álvaro Santos Pereira foi chamado ao Parlamento pelos socialistas, para um debate de urgência sobre o Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), e respondeu às críticas do maior partido da oposição.

“O Partido Socialista gosta de me acusar de ser o elo mais fraco do Governo ou de não ter peso político. Será que o PS não está mais preocupado de ter um líder parlamentar e um líder que são os elos mais fracos da oposição”, declarou o governante.

Santos Pereira considera que o PS devia estar mais preocupado em “disciplinar a sua bancada” parlamentar, em vez de criar “cortinas de fundo para ofuscar as irresponsabilidades do passado e que levaram Portugal à assistência financeira”.

O ministro da Economia reiterou no hemiciclo que a coordenação do QREN, o programa de fundos comunitários, continua sob a sua alçada e que o Governo está coeso nessa matéria.

Pelo Partido Socialista, o líder parlamentar Carlos Zorrinho repetiu que o facto de ser o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, a ter a última palavra sobre os fundos do QREN é um “mau sinal” para o futuro da economia do país.