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PS defendeu junto da "troika" ajustamentos ao plano de ajuda

15 nov, 2011

Primeiro foi a comissão de acompanhamento do memorando e depois o secretário-geral socialista a reunir-se com a comissão da “troika”.

PS defendeu junto da "troika" ajustamentos ao plano de ajuda
O líder do PS e os representantes da “troika” estiveram reunidos esta tarde na sede do partido em Lisboa. António José Seguro recebeu os elementos da Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu, instituições que assinaram o memorando com Portugal. O encontro durou pouco mais de uma hora e não teve grandes conclusões.

Os representantes da “troika” não disseram uma palavra à saída. O Partido Socialista também não adiantou mais informações. Houve apenas uma declaração do secretário do nacional responsável pela economia, Eurico Dias, que não revelou o teor da reunião. Apenas deu a entender que o PS vai cumprir o memorando assinado e à troika foi dito que é preciso um ajustamento dado que as condições de execução, segundo o PS, têm vindo a alterar-se.

Sobre a folga orçamental que permitiria poupar um dos subsídios, Eurico Dias disse que “nem folgas nem feriados”.

Comissão de acompanhamento do memorando também reuniu com “troika”
Antes do encontro com António José Seguro, os elementos das instituições internacionais estiveram reunidos com a comissão parlamentar de acompanhamento das medidas da “troika”, onde marcou presença um deputado do PS. Fernando Medina diz que há abertura da para debater a necessidade de manter os créditos às empresas.

“Houve sensibilidade e concordância sobre a identificação deste ponto crítico levantado durante a reunião e, naturalmente, o sentido geral de contribuir para encontrar as soluções para que não haja um aperto de crédito à economia que seria uma dificuldade adicional para o cumprimento do nosso programa”, explicou Medina.

Já Miguel Frasquilho, do PSD, adianta que a “troika” admite ajustamentos ao programa de ajuda externa: “À medida que a situação vai evoluindo, é natural que o programa possa sofrer adaptações”.

Adolfo Mesquita Nunes, deputado do CDS, quis saber de que forma são feitas as alterações ao memorando. “Não discutimos revisões do programa em concreto, mas perguntei expressamente se as revisões do memorando eram ditadas por eventuais falhas do Governo no seu cumprimento ou motivos de circunstâncias externas. E a resposta foi exactamente essa”, explicou.

Já João Semedo, em nome do BE, disse à “troika” que os indicadores que a conduzem não representam a realidade do país. “Um dos aspectos mais importantes foi a teimosia e obstinação em fazer o país correr atrás de indicadores económicos e financeiros que não exprimem a realidade”, sublinhou Semedo.

O PCP “perguntou porque não havia nenhuma medida excepcional para as parcerias público-privadas e foi-nos dito que era muito rever esses contratos, era matéria delicada e não iria ser feito nada”, explicou Miguel Tiago.