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PS sem reunião marcada com o Governo para falar do Orçamento

07 nov, 2011

Socialistas querem manter um dos subsídios.

O PS afirma não ter qualquer negociação ou reunião prevista com o Governo sobre alterações ao Orçamento do Estado para o próximo ano e que tem uma posição de princípio contrária ao aumento do horário laboral dos trabalhadores do sector privado. 
 
"Não houve negociações, não há negociações e não há qualquer reunião marcada com o Governo para qualquer efeito", declarou em conferência de imprensa o secretário nacional socialista, João Ribeiro.
  
Interrogado se o PS aceita que a eventual devolução de um dos dois subsídios [Natal ou férias] dos trabalhadores do sector público seja compensada em termos de receita fiscal com a criação de uma sobretaxa a aplicar aos trabalhadores do sector privado, João Ribeiro recusou-se a comentar esse cenário. 
 
"O secretário-geral do PS já teve a ocasião de dizer aos portugueses que defendia a manutenção de pelo menos um subsídio, o de férias ou o de Natal, e de pelo menos uma pensão aos reformadas. Na Assembleia da República, na devida altura, o PS apresentará as propostas alternativas que permitam salvaguardar os objectivos do défice [em 2012] e o cumprimento do memorando [da troika]", respondeu. 
 
Sobre a questão orçamental, João Ribeiro apenas desenvolveu em termos de comentário as mais recentes reacções da parte do Governo sobre as posições de princípio do PS em termos de mudanças a operar na proposta de Orçamento do Estado para 2012. 
 
"Foi um sinal muito positivo que o Governo deu - e o PS registou de forma muito positiva essa possibilidade de, pelo menos, se salvaguardar um dos dois subsídios, o de férias ou de Natal, e uma das pensões dos reformados", afirmou. 
 
Questionado se o PS concorda com a medida do Governo de aumentar em meia hora por dia o horário dos trabalhadores do sector privado, o porta-voz da direcção dos socialistas disse que a posição de princípio "é contrária".
 
"O PS sempre salientou a importância da concertação social - e todo esse tipo de propostas deve passar por um grande esforço de concertação, mas este é o Governo da desconcertação social. Por princípio, a posição do PS é contrária, mas o PS privilegia em primeira linha a existência de concertação social sobre todas as medidas com impacto na vida dos trabalhadores portugueses", respondeu.