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Passos Coelho. “Baixa despesa do Estado” mesmo em ano de eleições

02 set, 2015

"Procurem outra data no Portugal democrático em que, em ano de eleições, os governos baixassem a despesa a pensar no futuro dos portugueses”.

Passos Coelho. “Baixa despesa do Estado” mesmo em ano de eleições

O primeiro-ministro e presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, enalteceu a redução do défice e da despesa pública ao longo deste ano, que assinalou ser de eleições legislativas, e desafiou a que se procure um exemplo semelhante.

"O nosso défice continua a baixar, e também baixa porque baixa a despesa do Estado. E este é ano de eleições", declarou Pedro Passos Coelho, numa sessão de apresentação dos candidatos da coligação PSD/CDS pelo círculo eleitoral de Lisboa.

Passos Coelho, que é o cabeça de lista da coligação Portugal à Frente neste círculo eleitoral, acrescentou: "Procurem outra data no Portugal democrático em que, em ano de eleições, os governos baixassem a despesa a pensar no futuro dos portugueses. Procurem outro ano. Fazemo-lo, portanto, porque sabemos que é a nossa obrigação moral defender o futuro para os portugueses e respeitar a sua inteligência".

Numa alusão à anterior governação do PS, o presidente do PSD considerou que "os eleitores evidentemente são inteligentes e sabem observar a diferença entre aqueles que baixam impostos e aumentam salários a pensar nas eleições, e aqueles que reduzem a despesa do Estado e fazem aquilo a que se comprometeram para salvaguardar um futuro melhor".

Na sua intervenção, Passos Coelho sustentou que "os portugueses estarão menos receptivos à demagogia fácil agora que conhecem os resultados efectivos da governação" dos últimos quatro anos, e associou PSD e CDS-PP à estabilidade política, dramatizando um eventual cenário de instabilidade.

"Os países que são mais desenvolvidos, mais prósperos, mais avançados são países que não perderam tempo o melhor do seu tempo a negociar governos a cada dois anos, a lutar pelas questões de estabilidade, a saber calcular quanto custa o impacto de cada mudança governativa nas estruturas públicas, na sociedade civil, nas instituições da sociedade. Não há nenhuma razão para que Portugal não seja, portanto, um país mais próspero, mais avançado, que privilegie a estabilidade e, depois, a convicção do caminho que ela permite trilhar", disse.

No mesmo sentido, acrescentou que PSD e CDS, "com muita humildade apresentam-se portanto aos portugueses com os resultados da sua governação e dando apenas como penhor da sua visão de futuro o seu compromisso com a melhoria dos rendimentos dos portugueses, a estabilidade com que eles devem encarar o futuro, e não o sobressalto, a experiência que se acumulou em resultados palpáveis, e não a incerteza e o risco de propostas menos bem medidas, menos bem pensadas".