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CDS coloca liberdade religiosa na sua agenda

31 ago, 2015 • Eunice Lourenço

Escola de Quadros do CDS reúne-se em Ofir, de 3 a 6 de Setembro.

CDS coloca liberdade religiosa na sua agenda
O PSD já fez a sua Universidade de Verão, o PS encerrou o seu Summer Camp e o Bloco de Esquerda fechou o seu Fórum Socialismo. Falta a comunista Festa do Avante e a Escola de Quadros do CDS para ficar completo o quadro das rentrées políticas. E este ano, CDS e PCP vão quase coincidir.

A tradicional Festa do Avante está marcada para os dias 4 a 6 de Setembro. Na véspera começa a Escola de Quadros do CDS, que vai discutir programa eleitorais, dívida pública, mas também perseguição aos cristãos e liberdade religiosa.

No primeiro dia (3 de Setembro), a Europa dá o mote ao debate com o eurodeputado Nuno Melo e o ministro e parceiro de coligação Jorge Moreira da Silva.

Na sexta-feira, 4, o dia começa com uma sessão sobre cristãos perseguidos e a importância da liberdade religiosa, em que participa Catarina Martins, da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre. Segue-se um painel sobre economia com convidados de várias empresas e o almoço será presidido por Assunção Cristas, ministra da Agricultura e dirigente do partido, que vai fazer um balanço do que foi feito do manifesto eleitoral de 2011.

À tarde, o actor Nicolau Breyner vai ensinar a “saber falar de política em público”. O jantar juntará o ministro da Economia, António Pires de Lima, e o fiscalista e comentador António Lobo Xavier.

No sábado, a manhã será dedicada a avaliar o programa eleitoral do PS com o ministro Pedro Mota Soares e à tarde o economista João Duque vai ensinar aos jovens do CDS: “Tudo o que sempre quiseram saber sobre a dívida pública (e não tinham a quem perguntar)”.

À noite, há jantar-debate sobre “conservadorismo” com o comentador João Pereira Coutinho.

No domingo, é tempo de os jovens receberem os diplomas e ouvirem o dicursos de Paulo Portas, de “início da temporada política”, como se lê no próprio programa.

Este ano, a Escola vai decorrer em Ofir, praia que deu nome a um grupo que, nos anos 80 do século passado, reuniu nomes do CDS (mas não só) para debater o país e traçar o programa para uma nova década.

Os tempos eram parecidos com a actualidade: governava o Bloco Central, tinha havido uma intervenção do FMI e os tempos eram de “vacas magras”. Entre Junho de 1984 e Junho de 1985, um grupo liderado por Francisco Lucas Pires, mas que incluia nomes como Bagão Félix, António Borges, Rui Moura Ramos, Fernando Adão da Fonseca e Paulo Portas, reuniu-se em Ofir e produziu um documento intitulado “Objectivo 92. No Caminho da Sociedade Aberta”, em que defendia caminhos como a redução do défice através de cortes na despesa, a simplificação fiscal e o fim da universalidade dos apoios sociais.

Trinta anos depois, o CDS junta a sua Escola de Quadros em Ofir, à beira de eleições.