Emissão Renascença | Ouvir Online

António Costa promete mil milhões para reabilitação urbana

25 ago, 2015

"É assim que relançamos a economia e podemos criar emprego", afirma líder do PS e candidato a primeiro-ministro.

António Costa promete mil milhões para reabilitação urbana

O secretário-geral do PS, António Costa, anunciou "um compromisso" de um programa de reabilitação urbana no valor de mil milhões de euros, desvalorizando os 50 milhões de euros disponibilizados pelo Governo.

"Nós assumimos um objectivo, que é um compromisso concreto e um objectivo quantificado, que não é de lançar um programa de 50 milhões, mas é um programa de mil milhões de euros para pôr a reabilitação urbana a andar e a funcionar neste país, porque é assim que relançamos a economia e podemos criar emprego", afirmou o candidato a primeiro-ministro nas eleições de 4 de Outubro.

António Costa já tinha anunciado anteriormente a intenção de apostar na reabilitação imobiliária, mas agora quantificou em mil milhões o valor desse programa.

O objectivo foi quantificado pelo líder socialista num comício na Mouraria, após um dia em que percorreu desde cerca das 15h00 obras da Câmara de Lisboa, que presidiu até recentemente e que é actualmente liderada por Fernando Medina, procurando estabelecer um contraste entre o Governo do país e o da capital.

"O bom exemplo de como este Governo escolhe as políticas erradas é a falta de prioridade que deu à reabilitação urbana. Vimos agora o Governo anunciar com grande surpresa que colocou 50 milhões de euros para reabilitação urbana e que em menos de uma semana esses fundos se esgotaram", afirmou António Costa na sua intervenção.

"É natural, porque o que a reabilitação urbana precisa não é de 50 milhões de euros, o que a reabilitação urbana precisa é de um grande programa, pujante, vigoroso, que relance a economia e que faça reabilitação urbana a sério em Portugal", argumentou.

Para o secretário-geral do PS, a reabilitação urbana é central porque "permite relançar o sector da construção, criar emprego, melhorar as condições da habitação, melhorar a qualidade da cidade e melhorar a eficiência energética".

No final do discurso de António Costa, um homem, que disse defender a baixa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e uma reavaliação dos edifícios, e que já tinha abordado o secretário-geral do PS à entrada para o Largo da Severa, colocou bruscamente os papéis que trazia consigo em cima do palanque usado para as intervenções.