29 jul, 2015
O programa eleitoral da coligação PSD/CDS comtempla "três compromissos adicionais na área do rendimento das famílias", anunciou esta quarta-feira o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas.
Se ganhar as eleições legislativas de 4 de Outubro, a coligação promete aumentar o quociente familiar no IRS de 0,3 para 0,5.
"Portugal passará a ter um quociente semelhante ao melhor da Europa, o francês. O número de filhos vale mais no IRS. Este apoio à natalidade não lesa as famílias sem filhos", garantiu Paulo Portas, na cerimónia de apresentação do programa eleitoral.
A coligação PSD/CDS também se compromete em repor o abono de família no quarto e quinto escalões de IRS, referiu o vice-primeiro-ministro.
Um programa de apoio à contratação de desempregados de longa duração é outra das medidas anunciadas esta quarta-feira.
O plano de recuperação dos rendimentos familiares será gradual e estará ligado à evolução da economia, salientou.
Paulo Portas também defende a necessidade de um "Estado social viável e a chegar a mais portugueses".
Coligação defende plafonamento das contribuições
O presidente do CDS-PP distinguiu a opção da coligação de plafonamento das contribuições para a Segurança Social da proposta socialista, que considera radical.
Paulo Portas defendeu que as ideias do PS podem vir a causar "um problema abrupto e radical nas actuais contribuições" e, consequentemente, "um problema não confessado no pagamento das actuais pensões".
"Há moderação no programa da coligação, que contrasta com o radicalismo de certas soluções que já conhecemos por parte do maior partido da oposição", afirmou, referindo-se à baixa na Taxa Social Única (TSU) para os trabalhadores proposta pelos socialistas quando comparada com o plafonamento para gerações mais jovens avançado esta quarta-feira no programa da coligação “Portugal à Frente”.
Paulo Portas sublinhou que o país tem agora "menos activos para financiar mais pensões, felizmente, por mais anos porque a esperança de vida aumentou", frisando que "a proposta do PSD/CDS é moderada e é centrada".
"O PS quer, na prática, um plafonamento obrigatório. Nós seguimos o caminho de uma limitação contributiva voluntária. O PS muda completamente as regras dos atuais trabalhadores. Nós queremos dar um importante sinal para o futuro. O PS não admite qualquer liberdade de escolha. Nós achamos que o trabalhador tem direito a fazer opções sobre as suas poupanças e programação de velhice. O PS causa um enorme problema à sustentabilidade. Nós evitamos que esse problema aconteça", declarou Portas.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, deixou uma garantia aos portugueses: "Nunca trocamos a possibilidade de resolver os problemas por uma quimera de votos. Não hipotecaremos nunca o futuro dos portugueses para termos um resultado melhor no curto prazo. O resultado que queremos para Portugal é ambicioso e precisamos do apoio dos portugueses".