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João Proença admite “limpeza” nas listas do PS. “Foi-se longe demais”

23 jul, 2015

Lista de deputados socialistas para o novo Parlamento exclui nomes sonantes que apoiaram António José Seguro. É o caso do antigo líder da UGT, que fala em sectarismo.

João Proença admite “limpeza” nas listas do PS. “Foi-se longe demais”
O socialista e antigo líder da UGT quebra o silêncio na Renascença e acusa a actual liderança do PS de ser sectária na escolha dos candidatos a deputados.

“Não foram feitos esforços suficientes para promover a unidade do partido e os esforços competiam claramente ao secretário-geral”, acusa João Proença.

“Há claras acções de grande sectarismo e uma menor representação daqueles que nas primárias apoiaram António José Seguro. E essa é uma acção deliberada”, prossegue.

O antigo sindicalista refere o caso de “duas grandes federações ganhas por apoiantes de António Costa”, mesmo que “por uma pequena margem” e que “praticamente não têm nenhum apoiante de António José Seguro”.

“O caso de Setúbal, então, é escandaloso. O caso de Braga, em que o primeiro e único apoiante aparece em oitavo lugar”, indica.

No entender de João Proença, “foi-se longe demais”.

A polémica das listas estala a três meses das eleições legislativas. João Proença, que teve um papel determinante na concertação social em final de resgate, está excluído dos nomes a deputado. E nas últimas horas, Álvaro Beleza optou por abandonar a lista e passar a suplente por não se sentir bem com a exclusão de alguns nomes.