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Passos reafirma a solidariedade de Portugal para com a Grécia

08 jul, 2015

Se até final da semana não for possível chegar a um entendimento, Grécia e a Zona Euro "têm que se preparar para o pior".

Passos reafirma a solidariedade de Portugal para com a Grécia
O primeiro-ministro reafirmou a solidariedade de Portugal para com a Grécia. No final da reunião dos líderes da Zona Euro, em Bruxelas, Passos Coelho avisou que um eventual acordo irá significar novos sacrifícios para os gregos. Passos Coelho disse esperar "que haja desenvolvimentos positivos nos próximos dias", mas admitiu que se não for possível fechar um acordo até domingo será necessário preparar outros cenários, embora referindo que não foi discutida a saída da Grécia da Zona Euro.
O primeiro-ministro português reafirmou a solidariedade de Portugal para com a Grécia. No final da reunião dos líderes da Zona Euro, em Bruxelas, Passos Coelho avisou que um eventual acordo irá significar novos sacrifícios para os gregos.

Falando numa conferência de imprensa no final de uma cimeira, na terça-feira, Pedro Passos Coelho disse esperar "que haja desenvolvimentos positivos nos próximos dias", mas admitiu que se não for possível fechar um acordo até domingo será necessário preparar outros cenários, embora referindo que não foi discutida a saída da Grécia da Zona Euro.

"Estamos a falar de uma situação muito grave e muito urgente para resolver. E ela tem de ser resolvida de acordo com este calendário. Se até ao final da semana não for possível chegar a um entendimento, então quer o governo grego, quer a zona euro terão que se preparar para o pior", disse, referindo-se a uma saída da Grécia da zona euro, o chamado "Grexit".

Sublinhando que não quer antecipar tal cenário, Passos Coelho admitiu todavia que o mesmo "é possível", atendendo a que, "até hoje", e após "mais de cinco meses de negociações", não foi possível "encontrar um meio de entendimento".

"Mas o objectivo, mais uma vez, é chegar a um resultado positivo, porque ninguém tem nada a ganhar com uma situação que não seja a de se chegar a um entendimento", disse.

Caso não seja possível esse entendimento, Passos Coelho disse que todos têm consciência de que serão tomadas "todas as medidas que forem necessárias para preservar a integridade da Zona Euro e da moeda única", e reiterou que hoje a Europa dispõe de "diferentes instrumentos, comparativamente a 2010, para este tipo de situação".

"Não tenho nenhuma dúvida, no que me diz respeito, de que haveria uma resposta pronta e robusta da zona euro que defenderia a situação dos países da Zona Euro", declarou.

"Mas continuamos todos a preferir, e dizemo-lo com sinceridade, que seja possível chegar a um bom resultado", reiterou.