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Portugal não é a Grécia, reafirma Passos Coelho

17 jun, 2015

Primeiro-ministro diz que Portugal está preparado se a Grécia sair do euro, mas espera que haja acordo em Bruxelas.

Portugal não é a Grécia, reafirma Passos Coelho

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, garante que Portugal está preparado "para alguma volatilidade dos mercados" se a Grécia for obrigada a sair do Eurogrupo.

"Portugal não será apanhado desprevenido. Nós estamos preparados para qualquer situação, mas na Zona Euro há mecanismos para responder", refere Passos Coelho, que garante: "Fizemos o nosso trabalho de casa".

No Porto, à margem da visita ao Centro Comunitário São Cirilo, o chefe de Governo acrescenta, no entanto, que "era importante para todos que pudéssemos chegar a uma solução que evitasse o incumprimento grego, mas isso não está só nas mãos do Eurogrupo".

"Espero que a reunião de amanhã [sexta-feira] possa decorrer o melhor possível”, disse. "Seria desejável que qualquer incumprimento grego fosse evitado."

"Reafirmo que seria desejável para todos, para a Grécia e para a zona Euro, que qualquer incumprimento grego fosse evitado e a reafirmação disso significa que nesta altura Portugal não colocará nenhum obstáculo a que uma solução dessas possa ser encontrada".

Questionado sobre o que achava que podia acontecer em Bruxelas, Passos Coelho diz: "Não faço palpites, nem apostas, não faço estados de alma em relação a estas matérias. Não sou primeiro-ministro da Grécia, nem comissário europeu. Uma solução a ser encontrada tem de respeitar as regras que se aplicam a todos os países".

A Grécia atravessa atualmente um período conturbado ao nível das contas públicas, não tendo ainda chegado a acordo com os credores internacionais, mesmo com cerca de quatro meses de negociações já volvidos com o Governo do Syriza liderado por Alexis Tsipras.