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Passos Coelho promete descentralizar em quatro anos

30 mai, 2015

Primeiro-ministro considera que há matérias que têm de ser decididas fora de Lisboa e nuns casos as autarquias, noutros as comunidades intermunicipais.

Passos Coelho promete descentralizar em quatro anos

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, quer concretizar nos próximos anos o processo de descentralização que dê mais poderes e mais competências aos municípios.

Há matérias que têm de ser decididas fora de Lisboa e nuns casos as autarquias, noutros as comunidades intermunicipais deverão vir a conhecer uma maior atribuição e competências num futuro próximo, defendeu.

O líder social-democrata falava, em Mogadouro, na sessão de encerramento da convenção autárquica do PSD e do CDS do distrito de Bragança, em que começou por elogiar a "experiência autárquica extremamente positiva" dos dois partidos.

Esta experiência capacita os autarcas, no entender de Passos Coelho para "uma liderança maior" em áreas como a saúde, a educação e dos apoios sociais.

O presidente do PSD apontou ainda que os municípios estão hoje mais apetrechados e aptos a receber essas competências.

Passos Coelho fez um discurso de 40 minutos em torno do balanço dos últimos quatro anos do Governo de coligação PSD/CDS que lidera e afirmou que os tempos difíceis que o país atravessou foram também superados "porque houve uma boa conjugação entre administração central, a administração local e as instituições sociais.

O líder do PSD dirigiu-se ainda àqueles que julgavam que o Governo ia ser mal sucedido" para afirmar que "calcularam mal".

"Apesar das dificuldades que eles levantaram, esta história acabou bem", enfatizou.

Passos insistiu que o que o seu Governo fez "resultou de um modelo que não era sustentável" e "regressar a esse modelo é não só persistir num erro, como condenar o país a repetir o mesmo custo".

"Hoje sabemo-lo de experiencia que pode ser observada, como certa orientação política pode em matéria económica ter um custo muito maior", afirmou, apontando como "em seis meses, a Grécia está outra vez à beira do abismo financeiro".

"Depois de cinco anos de políticas cheias de dificuldade, como foi possível regressar a um tempo em que em vez de excedentes orçamentais parece haver défice, em que a economia em vez de estar a crescer está outra vez em recessão, em que não há dinheiro em lado nenhum e suspeita-se que a breve prazo não haverá dinheiro para pagar salários", concretizou.