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Paulo Portas: “Não se muda o vendedor do Novo Banco a meio da venda”

29 mai, 2015

Recondução de Carlos Costa por mais cinco anos no Banco de Portugal foi confirmada pelo Governo, embora o processo formal ainda não esteja concluído.

Paulo Portas: “Não se muda o vendedor do Novo Banco a meio da venda”

“Não se muda o vendedor a meio da venda”. A expressão foi usada pelo vice-primeiro-ministro para se referir à recondução do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, que tem em mãos a venda do Novo Banco.

Paulo Portas lembra que este negócio é importante para o país e que mudar a pessoa que está a liderar o processo não era a melhor opção.

“A questão mais importante, neste momento, para termos crescimento económico, é não haver mais abanões no sistema financeiro. Para isso é preciso vender bem o Novo Banco, porque é um banco muito importante no sistema”, sublinhou.

“Se vendermos bem, tudo estabiliza, se não vendermos bem, o resto do sistema financeiro tem de comparticipar. Sendo isso tão prioritário para que Portugal tenha crescimento, estabilidade, e criação de emprego, acho que não se muda o vendedor a meio da venda”, conclui o líder do CDS-PP, esta sexta-feira, à margem do Fórum Económico Portugal-Tunísia.

A recondução de Carlos Costa por mais cinco anos foi confirmada quinta-feira pelo Executivo, embora o processo formal ainda não esteja concluído.

Nos termos da lei em vigor, a nomeação de Carlos Costa para um novo mandato de cinco anos tem de ser precedida de uma audição em comissão parlamentar. Depois de receber um relatório dessa audição o Governo terá confirmar esta proposta de recondução do governador do Banco de Portugal.

Carlos Costa foi nomeado governador do Banco de Portugal em 2010, pelo anterior Governo do PS, e está em funções desde 7 Junho desse ano.