27 mai, 2015
O secretário-geral do PS, António Costa, afasta qualquer possibilidade de acordo com o Governo de coligação para um corte nas pensões.
“Que fique claro que, para o PS, não há qualquer disponibilidade para hoje ou amanhã fazer qualquer tipo de compromisso que conduza ao corte de pensões proposto pelo Governo. Nós não aceitamos esse corte de pensões”, declarou o candidato a primeiro-ministro.
Numa sessão de esclarecimento sobre as propostas do PS para a sustentabilidade da Segurança Social, em Lisboa, António Costa defendeu que é preciso “garantir as pensões que já estão formadas, as que já estão em pagamento e o princípio da confiança”.
“Garantir aos pensionistas de hoje a confiança de que continuarão a receber as suas pensões é também garantir aos pensionistas de amanhã que podem ter confiança num sistema que honra hoje as suas obrigações como honrará amanhã as obrigações que tiver para com eles”, declarou o líder socialista.
António Costa falou também da proposta do PS de reduzir a taxa social única (TSU) para os trabalhadores.
“A diminuição da contribuição para a Segurança Social durante um período de três anos tem o efeito imediato de aumentar o rendimento disponível das famílias, sem que isso ponha em causa a sustentabilidade do conjunto da Segurança Social”, garantiu.
Segundo o líder socialista, a redução da TSU ao longo de três anos e reposição nos oito anos seguintes até à taxa actual “tem um efeito na dinamização da economia e na criação de emprego que compensa, largamente, as perdas de rendimento transitórias”.
António Costa considera fundamental para a sustentabilidade da Segurança Social a contribuição com base nos lucros das empresas e defendeu que a redução da TSU facilita a negociação salarial aos sindicatos.