27 mai, 2015 • Sandra Afonso
Carlos Costa já aceitou o convite endereçado pelo Governo para mais um mandato à frente do Banco de Portugal. Ainda nada foi oficializado, mas a Renascença sabe que o governador, em final de mandato, aceita continuar.
O executivo de Passos Coelho ignorou o acordo que tinha com o PS para que a escolha do próximo governador do banco central fosse consensual, em ano de eleições, e decidiu avançar isolado com um convite a Carlos Costa.
No rescaldo da comissão de inquérito ao caso BES, a recondução é polémica, pois não conta com o apoio da oposição nem é unânime à direita.
Depois de um mandato de cinco anos, Carlos Costa vai assim poder terminar os dossiers mais polémicos, entre eles a venda do Novo Banco.
A Renascença apurou que havia outras soluções que permitiriam a conclusão destes temas, como o prolongamento do mandato de Carlos Costa até à nomeação do substituto. No entanto, essa opção não servia os interesses do Governo.
O governador já aceitou o convite de Passos Coelho, mas, segundo fontes que lhe são próximas, nada está ainda assinado. No entanto, o que se segue neste processo são apenas formalismos, uma vez que, mesmo com as novas regras, a audiência parlamentar à qual os nomeados têm agora que se sujeitar não tem poder de veto.