Tempo
|

António Costa insiste na TSU dos trabalhadores mas deixa cair contrato único

23 mai, 2015

Líder socialista esteve no congresso da corrente sindical socialista da CGTP.

António Costa insiste na TSU dos trabalhadores mas deixa cair contrato único

O secretário-geral do PS, António Costa, deixa cair o contrato único, proposta que surge no cenário macroeconómico, mas insiste na TSU dos trabalhadores.

Na véspera da comissão nacional, o líder do PS dá assim meia resposta às preocupações de dirigentes socialistas, como José Abrão, em relação a estes dois temas.

Sobre o contrato único fica a garantia: "Não há razão para termos contrato único, a única coisa que é necessário é, de facto, restringir o uso e o abuso do contrato a prazo e garantir a todos, sejam empregadores, sejam trabalhadores, que o fim da relação de trabalho não tem de ser um fim de conflito arrastando-se anos em tribunal, num processo litigioso que não é bom para ninguém", afirmou.

Na sessão de abertura do congresso da corrente sindical socialista da CGTP, que decorre num hotel em Lisboa, sobre a redução da taxa social única para os trabalhadores mantém-se tudo como antes.

"Propomos que temporariamente haja uma redução das contribuições dos trabalhadores para a Segurança Social de forma a que possamos aumentar o rendimento disponível das famílias desde já e consigamos numa redução progressiva em 2016, 2017 e 2018 aumentar em 4% o rendimento disponível das famílias com uma reposição programada, gradual ao longo dos próximos 8 anos para contribuir para responder aquilo que sabemos que é a angustia e a necessidade de muitas famílias", explicou Costa.

Em jeito de resposta às críticas que também têm surgido sobre este ponto, António Costa recusou a alternativa de aumentar o rendimento das famílias "simplesmente através da via salarial", lembrando a situação difícil que as empresas também enfrentam.

"A prioridade das prioridades tem de ser a criação de emprego. Nós temos de ter medidas extraordinárias e de curto prazo que permitam aumentar o rendimento das famílias de forma a ajudar as famílias da aflição em que estão sem comprometer simultaneamente aquilo que é o esforço que tem de ser exigido de aumento de investimento por parte das empresas", disse, reforçando que aquilo que mais fragiliza a Segurança Social "é a brutal destruição de emprego e o aumento da emigração".