21 abr, 2015 • Cristina Nascimento
O Partido Socialista admite criar um apoio económico para os trabalhadores carenciados. Trata-se de um "complemento salário anual que será atribuído através de um crédito fiscal".
Mário Centeno, coordenador do estudo macroeconómico elaborado para o PS, lembra que "há um enorme número de trabalhadores portugueses que, trabalhando, não conseguem ficar acima da linha de pobreza".
Na apresentação do documento, o economista explicou que os "apoios são diferenciados por família: sem filhos, com um filho, com dois ou mais filhos e por níveis de rendimento".
"Para os níveis de rendimento muito baixos, o crédito fiscal é proporcional ao rendimento. Esse crédito fiscal atinge um valor máximo e mantém-se constante para um certo nível de rendimento e a partir de um determinado nível de rendimento o crédito fiscal vai lentamente desaparecendo", detalhou.
A medida é proposta para promover a equidade social.
O documento propõe ainda a reposição de apoios sociais alterados pelo actual Governo, nomeadamente ao nível do complemento solidário para idosos, do rendimento social de inserção e abono de família.
A equipa que preparou o estudo intitulado "Uma década para Portugal" (leia em PDF) dos socialistas é liderada por Mário Centeno, doutorado em Harvard.