20 abr, 2015
O cenário macroeconómico que o PS vai apresentar demonstra que é possível acabar com a austeridade em Portugal, garante o líder socialista, António Costa.
O candidato a primeiro-ministro falava esta segunda-feira à saída da conferência "Mais inovação, melhor economia", promovida pelo PS, no Instituto Superior de Economia e Gestão, em Lisboa.
Questionado se o cenário macroeconómico que vai ser apresentado na terça-feira lhe permite manter o discurso de que é possível acabar com a austeridade, António Costa respondeu que “sim”, embora sem avançar detalhes.
"Acho que é essencial para este diálogo democrático os cidadãos poderem ter confiança nas propostas que lhes são apresentadas. A última coisa que poderíamos desejar era que voltasse a acontecer o que aconteceu no passado, como o actual primeiro-ministro, de prometer uma coisa na campanha e fazer outra no Governo", sublinhou.
Aos jornalistas, António Costa recusou avançar os detalhes do documento "Uma década para Portugal", que tem vindo a ser preparado por vários economistas.
O líder socialista falou de "um documento técnico" e remeteu várias vezes para a sessão marcada para terça-feira.
"Sobre isso [o cenário macroeconómico] falaremos amanhã, ao meio-dia verificará o documento que tem estado a ser preparado e na altura falarei com gosto sobre a matéria", disse.
De acordo com o que tem sido afirmado por António Costa, o cenário macroeconómico que o PS apresentará pretende ser a base para "credibilizar as principais medidas do programa eleitoral e evitar, a prazo, situações de bloqueio entre as promessas e a realidade do país".
A equipa que está a preparar o cenário macroeconómico dos socialistas é liderada por Mário Centeno, doutorado em Harvard e quadro superior do Banco de Portugal, e tem-se reunido regularmente desde que António Costa foi eleito secretário-geral do PS, em Novembro do ano passado.
Além de Mário Centeno, a equipa é composta por um conjunto de professores universitários e de especialistas em finanças públicas e em economia, casos de Manuel Caldeira Cabral, Francisca Guedes de Oliveira, João Leão, João Nuno Mendes, Paulo Trigo Pereira, Vítor Escária (ex-assessor do primeiro-ministro José Sócrates) e Sérgio Ávila.
A este grupo juntam-se ainda os dirigentes socialistas Vieira da Silva, João Galamba, Fernando Rocha Andrade e a eurodeputada socialista Elisa Ferreira. Colaboraram ainda com este grupo de trabalho os economistas Cláudia Joaquim e Hugo Mendes.