20 abr, 2015
O eurodeputado português Paulo Rangel defende a criação de uma guarda fronteiriça que acautele a questão dos migrantes a tentarem alcançar a Europa.
O social-democrata considera que esta matéria não deve estar a cargo dos Estados de forma individual. "Os países, nomeadamente Itália e Malta - esta última sem quaisquer condições - têm feito este esforço. Ora, isto tem que ser um esforço europeu. Penso até que nós devíamos ter construído a prazo uma guarda fronteiriça europeia", diz à Renascença.
Reconhecendo que esta opção "demora mais tempo a montar", Paulo Rangel defende também uma participação financeira da União Europeia.
"Todos temos de entrar neste esforço e, portanto, tem de haver fundos, financiamento comunitário, para ter um reforço efectivo", disse.
Paulo Rangel reconhece que a União Europeia tem falhado e define prioridades na actuação.
"A União Europeia, embora tenha feito grandes esforços nos últimos anos, continua a falhar o alvo. Nós temos de ter, em primeiro lugar, uma política para as migrações e ela tem que ter, como primeiro princípio, um princípio humanitário. Portanto, independentemente de saber se essas pessoas vão depois poder trabalhar na União Europeia, sabendo que há este fluxo migratório contínuo, temos de ter estruturas, nomeadamente no Mar Mediterrâneo mas não apenas para salvar as vidas que estejam em risco, mas também para acolhê-las, pelo menos, transitoriamente, com todas as condições de dignidade", rematou.
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